EUA: valor das exportações caiu 39% em 2009
A quebra dos mercados globais de lácteos no meio de 2008 levou as exportações dos Estados Unidos a um declínio em 2009, colocando fim a um período de seis anos seguidos de expansão. As exportações de lácteos do país totalizaram US$ 2,32 bilhões no ano passado, 39% a menos que o nível recorde registrado em 2008, de acordo com dados comerciais do Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA. Os volumes exportados caíram 16%, para 987,924 milhões de quilos de sólidos do leite.
Publicado por: MilkPoint
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Após enfrentar dificuldades durante os três primeiros trimestres do ano, o volume de exportação aumentou 15% no último trimestre. Para todo o ano, os volumes de exportação de leite em pó, óleo de manteiga e queijos foram menores, enquanto os envios de proteínas do soro do leite, lactose e leite fluido foram maiores.
"Há um ano, as análises econômicas da USDEC sugeriram que os volumes gerais cairiam em 27% a 41% em 2009. No entanto, os exportadores dos Estados Unidos conseguiram manter um pouco mais suas vendas do que o esperado, ajudados pelos mercados mundiais mais fortes no final do ano", disse o presidente da USDEC, Tom Suber. "O volume exportado de lácteos dos Estados Unidos - no geral e em todas as categorias individuais de produtos - é significativo e alto em um contexto histórico. De fato, os volumes estão em níveis onde a exportação é um pré-requisito para manter uma indústria saudável e crescendo".
No entanto, apesar das vendas terem se mantido em certo grau, os Estados Unidos lutarão para se tornar mais do que um exportador oportunista de commodities lácteas. A importância dos canais externos ficou evidente no ano passado, quando a perda nas vendas de exportação contribuíram para uma sobre-oferta no mercado doméstico dos Estados Unidos.
"Os exportadores dos Estados Unidos ainda não estão fazendo tudo o que é necessário para sustentar os ganhos nos volumes internacionais. Por exemplo, no ano passado, os Estados Unidos perderam participação de mercado e volume no setor de leite em pó desnatado para quase todos os competidores. A Nova Zelândia substituiu em grande parte a oferta dos Estados Unidos em importantes mercados como China e até a Argentina ganhou mercado. Similarmente, os Estados Unidos perderam quase todas as vendas de óleo de manteiga feitas no ano anterior".
O mercado internacional mudou rapidamente para os exportadores dos Estados Unidos no meio de 2008 e continuou mudando em 2009. Os altos preços de 2007-08 impulsionaram um crescimento na produção no mundo; além disso, a recuperação da severa seca em North Island, na Nova Zelândia, combinada com a expansão da indústria em South Island, impulsionaram a produção neozelandesa em quase 10% no ano comercial de 2008/09.
Enfrentando uma menor demanda global devido aos aumentos de preços pela inflação, bem como a instalação de uma recessão mundial e crise de créditos, os fornecedores da Oceania manipularam agressivamente os preços para evitar que os estoques aumentassem. Apesar de os mercados mundiais terem melhorado dramaticamente na segunda metade de 2009, os preços médios das commodities em 2009 ainda foram 30-40% menores do que a média de 2008.
O USDEC projetou que os volumes gerais de exportação de lácteos em 2010 aumentarão em 7-12%, à medida que a demanda global cautelosamente se recupera, os preços mundiais de commodities sustentam a maior parte do fortalecimento mostrado no final de 2009 e os fornecedores norte-americanos continuam engajados com seus clientes internacionais. Grandes estoques da Europa continuam pairando sobre o mercado, mas a produção de leite na Oceania deverá declinar em 2009/10, a produção de leite da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos deverão se manter no mesmo nível do ano anterior e a UE suspendeu os subsídios de exportação por enquanto - tudo isso pode suportar mercados mundiais historicamente fortes em 2010.
A reportagem é do site do USDEC (www.usdec.org), adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.
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