Os Estados Unidos representam um "risco desconcertante de queda" às previsões por preços globais firmes dos lácteos - através de uma recessão econômica que prejudica a demanda e de um aumento na produção impulsionada por um retorno dos produtores ao lucro.
O Rabobank disse que a previsão de que os preços dos lácteos deverão "manter firmes nos próximos meses", ajudados por uma firme demanda chinesa e russa, que no começo de setembro, colocou fim ao declínio de preços de quatro meses. Entretanto, esse cenário pode ser testado pela concretização dos medos de um reinício da recessão nos Estados Unidos, maior economia mundial.
Os produtores norte-americanos vêm aumentando sua produção, com o crescimento na produção de leite com relação ao ano anterior acelerando para 2,8% no mês de agosto e com o rebanho nacional em fase de expansão há sete meses.
"Os maiores preços do leite mais que compensaram os maiores custos dos alimentos animais, mantendo a maioria das famílias sobre um ponto de equilíbrio", disse o Rabobank. "Os rendimentos estão aumentando pelas melhores taxas com relação à dieta e pelos abates dos animais ineficientes nos últimos anos".
Entretanto, um retorno à recessão nos Estados Unidos "deteria o crescimento da demanda doméstica em um período que a oferta local é forte e os estoques de queijos são grandes", disse o relatório, notando que as vendas de leite fluido já estão caindo. "Isso gerará exportações extraordinariamente grandes dos Estados Unidos". Os envios já atingiram níveis recordes no trimestre de abril a junho, batendo os níveis do ano anterior.
Outros riscos aos preços incluíram a ameaça da UE vendendo seus estoques de leite em pó desnatado, e uma recuperação mais forte do que o esperado, na produção da Nova Zelândia, maior exportador mundial de lácteos.
Entretanto, assumindo que o mundo escape das preocupações econômicas, o banco disse que a esperada demanda de importação, liderada por "grandes compras da China e da Rússia", absorveria os aumentos na produção. "Isso manteria o mercado pressionado durante o quarto trimestre, suportando os preços próximos aos altos níveis obtidos no começo de setembro".
As informações são do Agrimoney, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
Você já viu a programação do Interleite Sul 2010, que trará um grande debate sobre competitividade em vários estados brasileiros e Argentina? Clique aqui para mais informações. Não deixe de participar desse evento!
EUA representam risco para os preços mundiais
Os Estados Unidos representam um "risco desconcertante de queda" às previsões por preços globais firmes dos lácteos - através de uma recessão econômica que prejudica a demanda e de um aumento na produção impulsionada por um retorno dos produtores ao lucro.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 1 minuto de leitura
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!

FERNANDO MELGAÇO
GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA
EM 22/09/2010
Os Estados Unidos,são realmente uma ameaça para os preços internacionais do leite e produtos lácteos.Com uma produção de mais de 80 bilhões de litros anuais (FAO-2006),deixam muito para trás o segundo maior produtor que é a Índia,com menos da metade dessa produção.Além do mais,a produtividade também é uma das mais altas do mundo.
O Brasil,fica em sexto lugar,com uma produção em torno de 25 bilhões de litros anuais ( FAO-2006).
Se o consumo se estabilizar ou baixar e a produção continuar subindo,haverá um grande excedente que terá que ser exportado,concorrendo assim,com os outros países exportadores,empurrando para baixo os preços internacionais do leite e derivados.
Atenciosamente,
Fernando Melgaço.
O Brasil,fica em sexto lugar,com uma produção em torno de 25 bilhões de litros anuais ( FAO-2006).
Se o consumo se estabilizar ou baixar e a produção continuar subindo,haverá um grande excedente que terá que ser exportado,concorrendo assim,com os outros países exportadores,empurrando para baixo os preços internacionais do leite e derivados.
Atenciosamente,
Fernando Melgaço.