EUA: produção de leite continua aumentando; preços deverão declinar em 2012

Os preços dos alimentos de origem animal deverão permanecer relativamente altos durante o final de 2011 e no próximo ano nos Estados Unidos. Os preços do milho deverão ficar em US$ 6,20 a US$ 7,20 por bushel na safra de 2011/12. Essa previsão representa uma pequena redução nos preços previstos em setembro e é baseada em maiores estoques que sobraram da safra anterior e exportações levemente menores de milho projetadas.

Similarmente, o preço previsto para o farelo de soja foi reduzido com relação à previsão de setembro para US$ 335 a US$ 365 por tonelada para o ano comercial de 2011/12, baseado em uma menor previsão de exportações de soja em outubro. As estimativas preliminares são de que os preços da alfafa serão de US$ 196 por tonelada, diante de uma produção 5% menor em 2011. Um alívio significante com relação aos atuais níveis de preços é improvável que ocorra até a próxima primavera.

A produção de leite dos Estados Unidos em 2011 deverá ser de 88,85 bilhões de quilos, 90,7 milhões de quilos a mais que a previsão de setembro. Tanto o maior números de vacas como a maior produção por vaca contribuirão para o aumento. Apesar dos altos custos dos alimentos animais e dos contínuos fortes abates de vacas, o rebanho leiteiro dos Estados Unidos continua expandindo mais rapidamente do que o antecipado. O rebanho deverá ficar em média em 9,2 milhões de cabeças nesse ano. A produção por vaca também aumentou mais rapidamente do que o antecipado e deverá ser de 9.661,5 quilos, um aumento com relação às estimativas de setembro. A produção por vaca pode não ter caído tanto por causa das temperaturas quentes do verão como o esperado.

Em 2012, o rebanho leiteiro dos Estados Unidos deverá se contrair para 9,19 milhões de cabeças. Essa previsão representa um declínio com relação ao ano anterior e um declínio com relação às previsões de setembro. Apesar de os preços do milho e do farelo de soja terem sido revisados para baixo, eles permanecem altos em níveis históricos e os contínuos altos preços previstos para a alfafa, junto com os menores preços do leite, provavelmente estimularão uma redução do rebanho em 2012. Esses fundamentos também limitarão o aumento na produção por vaca no próximo ano, que deverá ser de 9.797,5 quilos, apesar de um dia extra de ordenha em 2012.

As importações leite equivalente para 2011 deverão ser de 1,4 bilhão de quilos baseado na gordura e de 2,4 bilhões de quilos baseado nos sólidos desnatados nesse ano, ambos sem mudanças com relação à previsão de setembro. No próximo ano, as importações com base da gordura deverão ser manter no mesmo nível, mas as importações baseadas nos sólidos desnatados deverão cair para 2,3 bilhões de quilos, também sem mudanças com relação à previsão de setembro. As exportações com base na gordura deverão ser de 4,1 bilhões de quilos em 2011, o que demonstra uma redução com relação à previsão de setembro devido às exportações menores do que o esperado de manteiga e queijos.

As condições favoráveis na Oceania, junto com uma maior produção sazonal, deverão pressionar os preços e aumentar a competição, particularmente para as exportações de lácteos em 2012. As exportações de sólidos desnatados deverão ser de 14,7 bilhões de quilos nesse ano, sem mudanças com relação às previsões de setembro. Em 2012, as exportações de leite equivalente, tanto com base na gordura como com base nos sólidos desnatados, deverão ser menores do que em 2011. As exportações com base na gordura deverão ser de 3,9 bilhões de quilos, pouco menos que a previsão de setembro. As exportações com base nos sólidos desnatados deverão ser de 14,4 bilhões de quilos, menos que a projeção de setembro.

Nesse ano, o uso comercial doméstico de leite deverá ser de 85,5 bilhões de quilos com base na gordura e de 76,11 bilhões de quilos com base nos sólidos desnatados. Em 2012, o uso comercial doméstico deverá aumentar para 87,09 bilhões de quilos com base na gordura e para 77,47 bilhões de quilos com base nos sólidos desnatados. Ambas as previsões representam um aumento saudável no uso; especialmente para a previsão baseada na gordura, após vários anos de lento crescimento.

Os dados são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), publicados no Dairy Herd Management, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.