EUA: Mais jovens estão buscando carreira na produção agrícola

Para atrair produtores jovens, o congresso americano fez uma proposta para fornecer melhor acesso ao suporte do USDA e aos programas de empréstimo. A boa notícia é que existem sinais de que mais pessoas na casa dos 20 e 30 anos estejam ingressando na produção agrícola.

Publicado por: MilkPoint

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Mais de 60% dos produtores agrícolas dos Estados Unidos têm mais de 55 anos. Isso é preocupante, disseram oficiais de agricultura do Governo. Sem agricultores mais jovens para substituir os mais velhos quando esses se aposentarem, "ficaríamos vulneráveis aos problemas econômicos locais, tarifas, ataques à oferta de alimentos, realmente, qualquer desastre que você possa pensar", disse o coordenador de programas para agricultores iniciantes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Poppy Davis.

O secretário da Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, solicitou 100.000 novos produtores dentro dos próximos anos e o Congresso respondeu com propostas que forneceriam aos jovens agricultores um melhor acesso ao suporte do USDA e aos programas de empréstimo. A boa notícia é que existem sinais de que mais pessoas na casa dos 20 e 30 anos estejam ingressando na produção agrícola: o engajamento em programa de agricultura das universidades tem aumentado, bem como o interesse nos programas de treinamento de agricultores.

Muitos novos produtores rurais acham os trabalhos tradicionais sufocantes e não querem buscar posições em corporações, quando existe pouca segurança de trabalho. No entanto, a produção agrícola é inerentemente arriscada. Secas, enchentes, ventos e outros extremos climáticos podem destruir um ano de trabalho. Com a fazenda custando em média cerca de US$ 2.140 por acre (cerca de US$ 5.283,95 por hectare) nos Estados Unidos - sendo duas a quatro vezes esse valor no meio-oeste e Califórnia -, os custos iniciais podem ser desencorajadores.

Ainda, a agricultura manteve um desempenho melhor do que muitos setores da economia durante a recessão e o USDA prevê lucros recordes aos produtores como um todo nesse ano. "As pessoas estão considerando a receita nas fazendas, especialmente o aumento nos valores dos bens, e vendo uma história realmente positiva sobre nossa economia", disse a economista sênior do USDA, Mary Clare Ahearn, citando estatísticas preliminares. "As pessoas jovens estão vendo a agricultura como uma grande oportunidade e dizendo que querem fazer parte disso".

Uma produtora iniciante é Gabrielle Rojas, de 34 anos, da cidade de Hewitt. Como uma adolescente rebelde, tudo o que ela queria fazer era deixar a fazenda de sua família e encontrar uma carreira que não envolvesse vacas. Porém, ela mudou sua mente depois de gastar anos em empregos sem perspectiva em uma fábrica e um restaurante. "Nesses empregos, eu era somente um número, um número do relógio de ponto", disse Rojas. "Mas agora, estou fazendo o que amo".

Rojas conseguiu ajuda para mudar de carreira em um programa de aprendizagem pago pelo USDA, que começou dando dinheiro em 2009 para universidades e grupos sem fins lucrativos que ajudam a treinar os agricultores iniciantes. O dinheiro ajudou a treinar cerca de 5.000 pessoas no primeiro ano. Nesse ano, o USDA estima que mais de duas vezes esse número serão beneficiados.

A reportagem é do www.wausaudailyherald.com, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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Paulo R. F. Mühlbach
PAULO R. F. MÜHLBACH

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/01/2012

Esta "onda" provavelmente também chegaria por aqui, se houvesse interesse por parte de entidade governamental em encetar uma campanha com tal finalidade, pois também em certas regiões do País esta questão está se tornando crítica.  A atividade agropecuária deveria oferecer mais "status" à juventude brasileira na medida em que valorizasse  mais seus produtos. Não me lembro de alguma campanha por parte de organizações associativas do leite que estimulassem o consumo de seus produtos (já faz tempo a famosa propaganda da Parmalat com seus filhotes de mamíferos).
Qual a sua dúvida hoje?