EUA: Indústria de lácteos de olho no mercado externo

Em países com crescentes populações e rendas, em que não conseguem suprir toda a demanda alimentar, as oportunidades estão aumentando. Especialistas que estiveram no IDFA 2012 acreditam que é preciso saber fazer negócios, além de inovar e entender sobre os mercados nesses países.

Publicado por: MilkPoint

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Em países com crescentes populações e rendas, em que não conseguem suprir toda a demanda alimentar, as oportunidades estão aumentando. Mas, segundo os especialistas presentes no recente Fórum da Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA) 2012 dizem que isso apenas acontecerá se os fornecedores aprenderem como fazer negócios.

O professor aposentado da Universidade de Illinois, que agora é associado da Universidade Johns Hopkins e do Conselho de Chicago sobre Assuntos Globais, Bob Thompson, disse aos processadores de lácteos que parte da Ásia já está usando mais fertilizantes e irrigação e que é difícil ver como os produtores de lá poderão aumentar a produção para suprir a demanda.

Em algumas partes da Índia o nível de água está caindo, o que levará a problemas a longo prazo, disse Thompson. Ele disse também que não acredita que a África do Norte e o Oriente Médio podem ser autossuficientes, porque não têm água e nem terra aptas suficientes à agricultura. A África Subsaariana poderia aumentar a produtividade agrícola, mas os governos terão que mudar suas políticas para estimular isso, disse ele. "Grande parte da produção agrícola mundial se movimentará através do comércio internacional".

Os palestrantes de outras seções do fórum também enfatizaram a importância de inovação e entendimento sobre como os mercados são diferentes nos países em desenvolvimento.

O presidente e diretor executivo da Tetra Pak Inc., Michael Zacka pediu aos executivos que mudem o produto "commoditizado" para um item especial. Apesar das companhias de lácteos estarem mais eficientes nos últimos anos, disse ele, "a produtividade por si só não é suficiente. Você precisa trazer as pessoas de volta ao consumo de lácteos no café da manhã e inovação é realmente essencial".

O diretor de marketing de portfólio global da Tetra Pak. Chris Kenneally, disse que a China e a Índia são mercados diferentes, porque a população da China está envelhecendo devido a sua política de apenas um filho, enquanto a Índia tem uma população jovem.

O presidente e diretor executivo da Friesland Campina Domo, nas Américas, Rudy Dieperink, disse que sua companhia gastou muito tempo calculando como exportar aos chineses. A chave, disse ele, é entender que as embalagens dos produtos lácteos têm que ser menores, porque os refrigeradores são menores e que é preciso desenvolver "pacotes de presentes" de lácteos, porque dar presentes é importante na China, além de entender que os sabores são diferentes.

Anil Gupta e Haiyan Wang, do Instituto China Índia, disse que existem similaridades no crescimento dos dois países. "A China e a Índia têm histórias de renascimento", disse Wang. Gupta disse que esses países que querem fazer negócios na China e na Índia precisam ter consciência das diferenças.

As companhias têm cometido vários erros na administração e relações com os chineses, disse ele. Ambos os países são "vastos e diversos", com baixas rendas per capita. Antes de fazer negócios na China e na Índia, Gupta concluiu que os executivos das indústrias de lácteos precisam se perguntar "o quão profundo é o conhecimento sobre os novos mercados?".

A reportagem é do Agweek, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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