Os produtores de leite dos Estados Unidos podem esperar que 2011 seja o segundo ano consecutivo de modesto crescimento, de acordo com um relatório divulgado na quarta-feira que oferece uma pequena dose de otimismo para uma indústria que ainda está se recuperando da devastação de 2009.
Os custos da dieta para vacas leiteiras serão maiores pelo menos na primeira metade de 2011, mas a maior demanda de leite ajudará a direcionar as vendas e a receita, de acordo com o relatório feito por pesquisadores de Wisconsin - segundo maior estado produtor de leite dos Estados Unidos, atrás apenas da Califórnia.
"Eu acho que 2011 poderá ser um ano bom para os preços do leite", disse o especialista em lácteos da Universidade de Wisconsin-Madison, Mark Stephenson, que contribuiu com o relatório. O produtor leiteiro médio precisa receber cerca de US$ 0,35 por quilo de leite para não ter prejuízos. Os preços foram de US$ 0,26/kg em 2009, os menores em sete anos.
Contudo, o mercado começou a se recuperar em 2010 e os produtores de leite dos Estados Unidos receberam em média US$ 0,36/kg. Entretanto, o retorno à lucratividade significa pouco para muitos produtores de leite que ainda estão enfrentando muitas dívidas. Um segundo ano de crescimento ajudará esses produtores, mesmo se o crescimento continuar modesto, disse Stephenson.
O relatório de Wisconsin disse que os preços do leite poderão continuar aumentando esse ano, mas que isso não se traduziria em lucros significantes para os produtores, pelo menos não tão cedo, por causa do aumento no preço do milho usado para alimentar as vacas. O aumento deverá afetar mais os produtores da costa oeste, que compram mais esse insumo.
Um estável 2011 é uma boa notícia para a indústria de lácteos dos Estados Unidos por vários motivos. Não somente ajuda os produtores a retomarem a estabilidade financeira, mas também, os protege sobre qualquer mudança no acesso a subsídios federais. O secretário da Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, disse recentemente que cortes são prováveis, à medida que os resultados da recessão levaram os déficits do governo a níveis só vistos durante a Segunda Guerra Mundial.
O professor emérito da Universidade de Wisconsin-Madison, Bob Cropp, disse que um resultado poderá ser a eliminação do programa federal Milk Income Loss Contract, que fornece pagamentos aos produtores quando os preços caem abaixo de certo nível. Uma alternativa proposta é um programa subsidiado pelo Governo que forneceria assistência quando os preços da dieta dos animais excedessem os preços do leite. As análises iniciais sugerem que o programa ajudaria o Governo a economizar dinheiro, enquanto protege os produtores de leite de importantes alterações nos preços, disse ele.
As informações são do The Associated Press, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
EUA: especialistas preveem bom 2011 para produtores
Os produtores de leite dos Estados Unidos podem esperar que 2011 seja o segundo ano consecutivo de modesto crescimento, de acordo com um relatório divulgado na quarta-feira que oferece uma pequena dose de otimismo para uma indústria que ainda está se recuperando da devastação de 2009.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!

MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO
CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 28/01/2011
Vejam bem, segundo o especialista da WiscosinMadison University, os produtores americanos para não ter prejuizo. precisam receber US$ 0,35 por kg de leite.
Transformando em reais, para não ter prejuizo terim que receber R$ 0,595/kg para uma taxa de câmbio de R$ 1,70/US$ ( real sobrevalorizado ) ou R$ 0,788/kg para um câmbio de R$ 2,25 ( real sem sobrevalorização ).
Para um produtor especializado no Brasil o custo médio de produção, que ele precisa reeceber para não ter prejuizo está em torno de R$ 0,70 por kg de leite.
Se a indústria pretender ter como referência preços que o produtor recebe lá fora em US$
com a taxa de câmbio atual (real sobrevalorizado), ou seja, R$ 0,60/kg, a perspectiva de sustentabilidade econômica para produtores especializados é ruím, mas se for eliminada a distorção cambial na referência, ou seja, R$ 0,80/kg, a perspecitva para a sustentabilidade da atividade para os produtores especialuizados é boa.
Por isso tenho chamado a atenção que para a pecuária leiteira nacional a questão cambial é fundamental, e as entidades de representação de produtores, a indústria e o Governo tem que dar atenção especial a esse problema, cruscial para que a política leiteira seja tratada como uma "questão de Estado", como pediu Kátia Abreu, presidente da CNA ao ministro Wagner Rossi.
Marcello de Moura Campos Filho
Transformando em reais, para não ter prejuizo terim que receber R$ 0,595/kg para uma taxa de câmbio de R$ 1,70/US$ ( real sobrevalorizado ) ou R$ 0,788/kg para um câmbio de R$ 2,25 ( real sem sobrevalorização ).
Para um produtor especializado no Brasil o custo médio de produção, que ele precisa reeceber para não ter prejuizo está em torno de R$ 0,70 por kg de leite.
Se a indústria pretender ter como referência preços que o produtor recebe lá fora em US$
com a taxa de câmbio atual (real sobrevalorizado), ou seja, R$ 0,60/kg, a perspectiva de sustentabilidade econômica para produtores especializados é ruím, mas se for eliminada a distorção cambial na referência, ou seja, R$ 0,80/kg, a perspecitva para a sustentabilidade da atividade para os produtores especialuizados é boa.
Por isso tenho chamado a atenção que para a pecuária leiteira nacional a questão cambial é fundamental, e as entidades de representação de produtores, a indústria e o Governo tem que dar atenção especial a esse problema, cruscial para que a política leiteira seja tratada como uma "questão de Estado", como pediu Kátia Abreu, presidente da CNA ao ministro Wagner Rossi.
Marcello de Moura Campos Filho