EUA enviam missão para Coreia do Sul buscando ampliar venda de lácteos

A maior demanda, um acordo comercial pendente e a escassez de leite no mercado doméstico, colocaram a Coreia do Sul lado a lado com o México como o maior mercado de exportação de queijos feitos nos Estados Unidos. O amplo interesse no mercado está refletido na maior missão comercial já feita pelo Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC, sigla em inglês), na qual quase quarenta pessoas visitarão o país em 26 a 29 de setembro.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 3 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

A maior demanda, um acordo comercial pendente e a escassez de leite no mercado doméstico, colocaram a Coreia do Sul lado a lado com o México como o maior mercado de exportação de queijos feitos nos Estados Unidos. O amplo interesse no mercado está refletido na maior missão comercial já feita pelo Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC, sigla em inglês), na qual quase quarenta pessoas visitarão o país em 26 a 29 de setembro. As missões comerciais do USDEC, que são apoiadas pelos produtores de leite norte-americanos através de seu programa checkoff (que arrecada fundos dos produtores para promover a indústria), ajudam a reunir compradores e vendedores para facilitar as vendas de produtos lácteos norte-americanos, beneficiando os produtores e a indústria.

"O comércio global requer a construção de relações diretas", disse o produtor de leite de Greeley, Colorado, que é presidente do USDEC e membro do Dairy Management Inc., Les Hardesty. "Essa visita fornecerá uma estrutura ideal para os fornecedores dos Estados Unidos fazerem contatos valiosos e para o comércio da Coreia aprender mais sobre as capacidades dos Estados Unidos. Para os produtores de leite, isso significa construir demanda para a crescente oferta de leite dos Estados Unidos".

A missão foi planejada no ano passado em antecipação do Acordo de Livre Comércio Coreia-Estados Unidos (KORUS FTA). Esperava-se que o acordo estivesse em execução antes da viagem e, embora a ratificação ainda não tenha ocorrido, a demanda de importação tem aumentado, em parte devido ao surgimento de febre aftosa na Coreia no inverno passado. O fornecimento local de leite caiu de 10 a 12% e analistas disseram que poderia levar dois anos para que a oferta se recupere.

"Devido às dinâmicas mundiais, a Coreia tem nos recebido bem como um fornecedor de queijo", disse a diretora de exportações de queijos do USDEC, Angélique Hollister. "A missão é uma boa forma de mostrar à indústria na Coreia que estamos interessados em continuar a fazer negócios com eles. Estamos ainda esperando que (o KORUS) possa ser assinado a tempo, mas se não for, veremos isso como um exercício de construção de relacionamento antecipadamente à ratificação do acordo".

Devido ao tremendo potencial da Coreia, a missão do USDEC atraiu o máximo de participantes já registrados para esse tipo de viagem - cerca de 16 companhias membros enviando 33 pessoas. Os participantes incluem fabricantes de queijos que vendem o produto usado em serviços alimentícios ou alimentos preparados, queijo cremoso usado na culinária e mussarela para pizzas. O grupo também inclui comerciantes de produtos lácteos.

A agenda para o programa de quatro dias inclui pelo menos uma visita à planta (outra ainda está pendente), uma visita a uma pizzaria, uma série de reuniões entre potenciais parceiros comerciais. Essa é a terceira missão comercial no último ano patrocinada pelo USDEC, mas a primeira para a Coreia, onde a organização vem facilitando os negócios há mais de 10 anos, disse Hollister.

Hollister disse que o interesse nas missões de queijos do USDEC tem crescido nos últimos anos. As duas missões mais recentes foram para o Sudeste da Ásia e China. Para novos potenciais importadores em particular, se unir a missão do USDEC adiciona um nível de segurança que os participantes membros estão levando a sério o comércio internacional como parte regular de sua estratégia de negócios. Os membros pagam suas próprias despesas de viagem.

A Coreia do Sul, um país de quase 50 milhões de pessoas, já era um crescente importador de lácteos dos Estados Unidos antes da febre aftosa e das negociações do acordo de livre comércio. O valor das exportações de lácteos dos Estados Unidos à Coreia do Sul dobrou, para US$ 130 milhões, de 2006 a 2010, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Nesse ano, os Estados Unidos são o principal fornecedor de queijos para a Coreia (com 44% de participação de mercado), superando a oferta da Oceania e da Europa. A Coreia também é um comprador consistente de lactose dos Estados Unidos e um dos 10 principais mercados de proteínas do soro do leite e óleo de manteiga.

Quando ratificado, o acordo de livre comércio fornecerá acesso imediato livre de tarifas para mais de 15,8 milhões de quilos de produtos lácteos dos Estados Unidos e removerá completamente, de forma gradativa, durante 15 anos, as tarifas de todos os itens, exceto leite em pó e leite condensado.

Os dados são do site do USDEC (www.usdec.org), traduzidos e adaptados pela Equipe MilkPoint.
Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Qual a sua dúvida hoje?