EUA: Dean Foods reduz custos e prevê maiores lucros

A maior companhia de lácteos dos Estados Unidos, Dean Foods, disse que realizou esforços para cortar custos e pode continuar aumentando os preços, à medida que a empresa enfrenta maiores custos de commodities e fraca demanda em sua divisão de produtos lácteos frescos.

As ações da companhia aumentaram 15%, após ter reportado um lucro maior do que o esperado no primeiro trimestre do ano, e ter aumentado suas previsões de lucros para o ano todo.

A Dean, que tem lutado com a competição de marcas privadas de supermercados, mais baratas, e com os crescentes custos do leite, vem reduzindo seus custos desde 2009 e espera mais que dobrar sua meta anterior de US$ 30 milhões de cortes em custos de vendas, gerais e administrativos a partir de 2010.

Como parte de seus esforços, Dean cortou 140 empregos no começo do segundo trimestre. A companhia tem cerca de 27.000 funcionários, de acordo com seu site na internet.

"A Dean está aumentando os preços a partir de uma base baixa, mas o ponto mais saliente é que o mecanismo bem estabelecido de transferência de preços no setor de leite fluido está funcionando, à medida que a pressão dos varejistas para obter descontos nos preços está reduzindo", disse o analista do Wells Fargo, Eric Serotta. Ele acredita que a Dean será capaz de transferir aumentos moderados de preços durante esse ano - com exceção de um aumento inesperado nos custos do leite.

A Dean disse que está buscando novos negócios para compensar os menores volumes na divisão de lácteos frescos e as vendas adicionais mitigariam algumas reduções no volume começando a partir do atual trimestre.

Para o primeiro trimestre, a receita líquida da Dean Foods foi de US$ 25,3 milhões, ou 14 centavos por ação, comparado com US$ 43,2 milhões, ou 24 centavos por ação, no ano anterior. As vendas líquidas aumentaram 3%, para US$ 3,05 bilhões. A companhia espera lucros ajustados em 2011 de 67-75 centavos por ação, mais que sua previsão anterior, de 55-65 centavos por ação. As ações da companhia aumentaram 15%, para US$ 12,68, na última terça-feira na Bolsa de Valores de Nova York.

As informações são da Reuters, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.