A companhia está testando um sistema de conectividade 5G em três áreas rurais britânicas, segundo a Reuters. A infraestrutura da Cisco é baseada em coleiras e marcas auriculares – espécie de etiqueta de identificação – de monitoramento da saúde dos animais conectadas a redes 5G.
Os dispositivos inteligentes ajudam a automatizar o processo de produção de leite. Com eles, as vacas se aproximam da estação de ordenha livremente e passam pelos portões após uma verificação automática de ID. Depois, uma máquina robotizada de ordenha reconhece o animal e se conecta a ele, sem nenhuma intervenção humana, enquanto ele se alimenta.
Com os dispositivos, agricultores podem monitorar o rebanho à distância e acessar informações complementares, como dados biométricos. Os aparelhos não prejudicam os animais e alertam os tratadores sobre sinais de sofrimento. "Podemos conectar todas as vacas, podemos conectar todos os animais nesta fazenda", disse o Diretor de Inovação da Cisco, Nick Chrissos, à Reuters.
Um dos três locais de teste do sistema 5G é o Centro de Inovação de Precisão da Engenharia Agrícola (Agri-EPI Centre), em Shepton Mallet, uma pequena cidade no sudoeste da Inglaterra. Financiada pelo governo britânico, a fazenda tem cerca de 50 das suas 180 vacas equipadas com colares e etiquetas 5G.
As operações da Agri-EPI, desenvolvidas com o apoio da agência de inovação britânica, utilizam uma variedade de tecnologias, incluindo escovas automatizadas, cortinas operadas por sensores do clima, e um sistema de alimentação automática.
A partir do seu projeto, a Cisco pretende criar uma infraestrutura para ser usada, com o eventual lançamento global do 5G, por várias indústrias que tradicionalmente não estão na bolha tecnológica, mas que ainda dependem de hardware e software cada vez mais sofisticados, como a agricultura.
“Isso é o que o 5G pode fazer pela agricultura - realmente liberar o poder que temos dentro desta fazenda, em todo o Reino Unido e em todo o mundo”, disse Chrissos.
As informações são da Reuters.
