A máquina, que é portátil e funciona com bateria recarregável, é de fácil manuseio, pois pode ser levada até os locais de produção e armazenamento do leite. Ela mede a temperatura e faz o processamento que avalia se a qualidade da bebida é adequada ou não, verificando a porcentagem de água acrescentada. Segundo a pesquisadora Maria José Bell, que participou do projeto, foram dez anos de pesquisa para chegar ao resultado final.
"A nossa proposta era ter uma metodologia que fosse rápida e simples para acusar a adição de água, um problema que percebemos ser bastante comum. A nossa ideia era criar um método físico que pudesse detectar a adição de água de uma forma simples e confiável", conta.
Equipamento desenvolvido pela UFJF que verifica a qualidade do leite recebeu patente (Foto: Reprodução/TV Integração)
Além disso, o equipamento consegue detectar casos de fraude, como a presença de sal, soda cáustica e outras substâncias que possam afetar a qualidade do leite. De acordo com o pesquisador Virgílio de Carvalho dos Anjos, coordenador do programa em Tecnologia de Leite da UFJF, atualmente, o método que verifica o leite e que é reconhecido pelo Ministério da Agricultura, é feito em outro tipo de aparelho. "Ele é chamado de crioscópio e mede o ponto de congelamento do leite, mas infelizmente ele é um equipamento que é suscetível a falsificação", diz.
A UFJF tem 118 projetos de pesquisa que aguardam a concessão de patentes. A gerente de propriedade intelectual do Núcleo de Inovação Tecnológica da universidade, Albertina Souza, diz que são vários os critérios para a conquista do registro, que garante a exclusividade de exploração à instituição.
As informações são do jornal O Globo, resumidas pela Equipe MilkPoint.
