MT: entidades do agronegócio criticam plano de aumento de tributação

Representantes do agronegócio estão preocupados com a proposta apresentada pelo governo de Mato Grosso de aumentar as alíquotas de imposto sobre produtos agropecuários como uma das medidas fiscais diante o estado de calamidade decretado na semana passada.

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Representantes do agronegócio estão preocupados com a proposta apresentada pelo governo de Mato Grosso de aumentar as alíquotas de imposto sobre produtos agropecuários como uma das medidas fiscais diante o estado de calamidade decretado na semana passada.

O aumento dos valores a serem recolhidos ao Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) deverá recair sobre soja, algodão, gado em pé, madeira, milho e carne desossada e com miudezas.

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Uma nota conjunta assinada por 41 associações setoriais do agronegócio argumenta que “medidas como esta são danosas ao setor, tendo em vista a situação atual de endividamento dos produtores causada por problemas com a comercialização e também com a redução da produção devido ao clima e a situações adversas”.

As entidades afirmam que o setor já está convivendo com outros aumentos de custo de produção, como o derivado da variação cambial — que encarece insumos importados — e o tabelamento do frete.

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Elas mencionam especificamente o efeito negativo que a taxação pode ter sobre a nascente indústria regional de etanol à base de milho, que tem recebido investimentos privados na construção de usinas para o aproveitamento do excedente de grãos.

O posicionamento, no entanto, não é homogêneo entre todos os representantes do agronegócio.

Juan Diego Ferrés, presidente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), disse que não aprova “integralmente” o projeto apresentado na Assembleia Legislativa, mas não assinou a nota conjunta e defendeu uma nova tributação do setor.

Em proposta já apresentada ao governador mato-grossense, a Ubrabio defende a criação de uma “política compensatória” que imponha uma tarifa ao produtor de soja para a criação de um fundo de estímulo à industrialização dessa cadeia no Estado.

Nessa política, as empresas esmagadoras teriam o benefício do Reintegra nas exportações de derivados de soja (farelo e óleo), o que, segundo Ferrés, pode estimular a demanda industrial local por soja no médio a longo prazo. “As indústrias concorreriam mais pela compra de soja, que hoje está na mão das tradings. Apesar do imposto, o produtor teria o retorno em preço”, argumenta Ferrés.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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Bruno Vicentini
BRUNO VICENTINI

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 24/01/2019

Já se paga muito imposto, tanto em quantidade, quanto em valor.
Qualquer aumento de alíquota ou criação de novos impostos deve ser combatida.
Mais eficiência na gestão dos recursos públicos e menos "politicagem", é disso que precisamos.
Qual a sua dúvida hoje?