Em níveis baixos, estoques puxam cotações do milho

Com um volume de exportação ainda incerto e os estoques em níveis críticos, os preços do milho no Brasil devem ter uma forte alta até janeiro. A avaliação é do analista Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercados. "O estoque de 2 milhões de toneladas é o que tem para atender o mercado interno até a entrada da próxima safra, em fevereiro", afirma Molinari. No mesmo período do ano passado, os estoques totalizavam 4 milhões de toneladas, de acordo com ele.

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Com um volume de exportação ainda incerto e os estoques em níveis críticos, os preços do milho no Brasil devem ter uma forte alta até janeiro. A avaliação é do analista Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercados. "O estoque de 2 milhões de toneladas é o que tem para atender o mercado interno até a entrada da próxima safra, em fevereiro", afirma Molinari. No mesmo período do ano passado, os estoques totalizavam 4 milhões de toneladas, de acordo com ele.

De acordo com Molinari, o total destinado ao mercado interno pode ser ainda menor. Isso porque, diz ele, não se sabe ao certo qual será o volume de exportações até janeiro. "Com isso, os preços devem seguir em patamares elevados. Não tem muita alternativa. O mercado interno terá de remunerar acima do valor pago na exportação".

No cenário mundial, o comportamento dos preços do milho, em níveis historicamente altos, permanecerá bastante volátil, pelo menos até setembro de 2012, quando começa a colheita da próxima safra de milho dos EUA, maior produtor mundial. "Até lá, teremos preços bem especulativos", diz Molinari, para quem a concorrência dos mercados de alimentação e produção de etanol continuará pressionando os preços. "A competição com a energia é o cerne e continuará sendo".

Molinari lembra que problemas climáticos afetaram as duas últimas temporadas do milho nos EUA, diminuindo ainda mais os estoques. "O quadro será mais grave do que 2011 porque os estoques são menores. Precisamos de safras recordes para recuperar os estoques e acomodar preços, já que a demanda deve continuar crescendo no médio prazo".

No Brasil, o economista estima recorde de produção para a safra 2011/12, de cerca de 64 milhões de toneladas. "O país terá um grande plantio tanto no verão quanto na safrinha". Ele pondera, no entanto, que essa produção pode ser afetada pelo fenômeno climático La Niña, que costuma reduzir o regime de chuvas no sul da América do Sul.

As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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