O 'boom' do kefir no Brasil

Impulsionado pelos rumores nas mídias sociais e uma clara demanda do consumidor, a nova linha de cultura de kefir da DuPont já tem um mercado pronto e há grandes possibilidades de ele aumentar cada vez mais.

“A Lifeway, de Chicago, é vista como uma inspiração para muitas empresas da região. Grande parte do kefir no Brasil é preparado diariamente em casa, com grãos de kefir, obtidos por meio de doação, como uma “cadeia probiótica”, explicou Paula Bourlegat, líder de marketing de lácteos da DuPont N&H na América do Sul.

Continua depois da publicidade

O objetivo da empresa agora é industrializar a categoria com o lançamento de sua linha de cultura de kefir Choozit, baseada em grãos de kefir liofilizados reais, atendendo às diferentes necessidades de textura e sabor. "Somos os primeiros a lançar grãos de kefir", disse Bourlegat, "e provavelmente em cerca de um mês teremos o primeiro lançamento de um produto comercial feito com essas culturas", completou.

A empresa começa no Brasil devido ao crescimento da demanda global por kefir. Dados da Innova Marketing mostraram que os lançamentos globais de produtos de kefir quase triplicaram nos últimos cinco anos - tendo 140 produtos lançados globalmente nos últimos 12 meses. Assim, a instituição está mapeando o cenário regulatório para espalhar os grãos para outros mercados da região.

Continua depois da publicidade

O kefir é uma bebida fermentada produzida pela fermentação do leite com a microflora de grãos do mesmo, que é composta de muitas espécies diferentes de microrganismos, tais como Lactobacillus, Lactococcus, Leuconostoc, Streptococcus e leveduras - fermentadores e não fermentadores de lactose. As características únicas de sabor e acidez do kefir estão ligadas à pequena quantidade de CO₂, álcool e compostos aromáticos produzidos durante a fermentação.

Cintia Nishiyama, gerente de marketing regional da América do Sul para a DuPont Nutrition and Health, disse que os grãos de kefir são interessantes, porque foram direcionados por consumidores, através das mídias sociais e a internet, acelerando a compreensão dos mesmos sobre produtos que estão crescendo em outros mercados.

“Costumava levar de três a quatro anos para produtos ou conceitos de outros lugares chegar ao Brasil, mas agora é muito menos. A velocidade da transferência de informação é muito rápida agora”, contou a gerente. “Alimentos fermentados, em geral, estão atraindo muito interesse do consumidor, e já existem uma ou duas marcas muito pequenas de kefir no mercado brasileiro”.

O kombucha - bebida probiótica obtida tradicionalmente a partir da fermentação do chá ou infusões ricas em cafeína - é outra categoria que desperta interesse no consumidor. De acordo com a SPINS, as vendas no varejo dos EUA de kombucha refrigerado e outras bebidas fermentadas subiram 37,4%, para US$ 556 milhões em 2017.

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.