As negociações globais de comércio serão concluídas este ano, se os 24 ministros das principais potências comerciais cumprirem o compromisso formulado no dia 29 de manhã, em Davos, numa conferência paralela à reunião do Fórum Econômico Mundial.
Compromissos parecidos foram assumidos antes, no mesmo local, e resultaram em nada. Mas, desta vez, há uma diferença: se a Rodada Doha não for terminada em 2011, o fracasso será irreversível.
Esse foi o sentimento manifestado durante a semana pela chanceler alemã, Angela Merkel, pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, e outros chefes de governo participantes do Fórum.
Os ministros de Comércio decidiram concluir até abril todos os textos de negociação, alcançar um acordo geral sobre o pacote até julho e finalizar os textos legais e os cronogramas durante o resto do ano.
Decidiram também retomar as negociações a partir dos pontos de consenso já alcançados, embora procurando resultados mais ambiciosos. O representante comercial dos Estados Unidos, Ron Kirk, concordou com essa condição, embora em outras ocasiões tenha defendido a reabertura dos pacotes já montados.
Oitenta por cento dos acordos necessários já foram concluídos, lembrou o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy. Esse é o resultado médio, segundo sua avaliação. O avanço foi além de 80% nas negociações sobre agricultura e facilitação de comércio, mas ficou aquém disso em outras áreas, como a de serviços, por exemplo.
Criar consenso em relação a esses pontos será trabalhoso. Os americanos cobram acordos mais ambiciosos na área de serviços e maior acesso ao mercado de produtos industriais dos países emergentes.
Alguns emergentes continuam resistindo a ampliar as concessões já oferecidas e cobram maiores vantagens das economias mais avançadas, como indicaram no dia anterior os ministros do Brasil, da Índia, da China e da África do Sul.
Os 24 ministros reconheceram as resistências políticas existentes em cada país e comprometeram-se a trabalhar duramente para conquistar apoio interno.
Foram representados na conferência, entre outros, Brasil, Estados Unidos, União Europeia, Japão, China, Suíça, África do Sul, México, Indonésia, Malásia e Turquia.
A matéria é do jornal O Estado de S.Paulo, adaptada pela Equipe AgriPoint.
Doha deve ser concluída em 2011 para evitar fracasso
As negociações globais de comércio serão concluídas este ano, se os 24 ministros das principais potências comerciais cumprirem o compromisso formulado no dia 29 de manhã, em Davos, numa conferência paralela à reunião do Fórum Econômico Mundial. Compromissos parecidos foram assumidos antes, no mesmo local, e resultaram em nada. Mas, desta vez, há uma diferença: se a Rodada Doha não for terminada em 2011, o fracasso será irreversível.
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