Demanda mantém firme os preços externos

Desde setembro os preços internacionais de lácteos, principalmente de leite em pó integral e desnatado, têm apresentado relativa estabilidade e no último leilão da <b>Fonterra</b>, realizado ontem (1º) através de sua plataforma online de compras, <i>globalDairyTrade</i>, não foi diferente. O comportamento estável do mercado deve-se em grande parte pela crescente demanda da Índia, Rússia e China por produtos lácteos. Mesmo assim, é difícil prever até quando a "fome" por lácteos desses e outros países se manterão.

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Desde setembro os preços internacionais de lácteos, principalmente de leite em pó integral e desnatado, têm apresentado relativa estabilidade e no último leilão da Fonterra, realizado ontem (1º) através de sua plataforma online de compras, globalDairyTrade, não foi diferente. O preço para todos os contratos de leite em pó integral (WMP) apresentou leve alta de 2,6%, recuperando-se da leve queda do último leilão (-1,4%), e fechou em US$ 3.556/tonelada. O preço do leite em pó desnatado (SMP) ficou praticamente estável (+0,5%), em US$ 3.060/ton.

O comportamento estável do mercado deve-se em grande parte pela crescente demanda da Índia, Rússia e China por produtos lácteos. O último país, por exemplo, é o principal responsável pela firmeza dos preços de exportação da Nova Zelândia, em especial do leite em pó integral já que 85% do total das importações do produto pela China são do país.

Outros dois fatores também têm contribuído para a sustentação dos preços: a desvalorização do dólar e elevação dos custos dos grãos. A valorização de moedas locais frente ao dólar aumenta o poder de compra de produtos importados, possibilitando uma pequena margem para elevação dos preços em curto prazo. A elevação dos custos dos grãos, principalmente milho e soja, também indica um reajuste dos preços para cima.

Mesmo assim, é difícil prever até quando a "fome" por lácteos desses e outros países se manterão.

Oferta crescente

Se por um lado é tarefa quase impossível quantificar a demanda, os dados recentes de oferta em importantes produtores têm apresentado relativos acréscimos com relação a 2009.

Nos Estados Unidos a produção de setembro de 2010 superou em 3,3% a produção de um ano antes. Na Europa o acréscimo no mesmo período foi de 5% e na Argentina 9,5%. Austrália e Nova Zelândia, apesar das variações negativas em setembro, ambas de 1,9%, vêm apresentando aumentos mês a mês em direção ao seu pico de produção. Na Nova Zelândia, responsável por cerca de 27% do comércio internacional de lácteos, a previsão de crescimento para a safra 2010-2011 é de 3 a 5%.

Equipe MilkPoint, com informações do globalDairyTrade, ASB Commidities Weekly Report e USDA.
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