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Dejetos de animais podem gerar energia elétrica

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 25/08/2009

2 MIN DE LEITURA

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O reaproveitamento de matéria orgânica produzida na atividade agropecuária, sobretudo o esterco de animais, pode gerar um bilhão de kilowatts-hora por mês, quantidade equivalente à que será produzida pela usina hidrelétrica de Jirau e suficiente para abastecer uma cidade de até 4,5 milhões de habitantes. Produtores agropecuários dispostos a investir no negócio podem embolsar até R$ 1,5 bilhão com a venda da energia elétrica, segundo estudo recém-concluído pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em parceria com Itaipu Binacional.

A matéria orgânica de onde a energia pode ser gerada - classificada como biomassa residual - são dejetos sólidos e líquidos de animais e restos de vegetais inaproveitáveis para o consumo. Para fazer o tratamento dos efluentes é necessária a utilização de biodigestores que fazem sua degradação em processo que envolve uma etapa em total ausência de ar. Os climas tropicais - como o brasileiro - já facilitam essa degradação, pois possuem maior biodiversidade de bactérias necessárias no processo e o clima em si garante que o processo biológico ocorra.

Além da energia produzida, o tratamento produz biofertilizantes como subprodutos. O estudo sustenta que esse aproveitamento pode diminuir substancialmente a tradicional dependência brasileira de fertilizantes importados. Com o tratamento do estrume e de outras biomassas residuais, como a vinhaça de cana, pode-se produzir 85% do nitrogênio, 43% do potássio e 15% do fósforo necessários na safra de grãos 2008/09.

Só na criação de bois, aves e porcos confinados o país gera 180 milhões de toneladas de esterco. O dado não inclui a pecuária extensiva, que corresponde a mais de 85% da produção nacional, mas dá uma ideia da quantidade de material poluente despejado no meio ambiente. Se todo o esterco animal do país se transformasse em energia limpa, deixaria de ser lançado na atmosfera o equivalente a 71,3 milhões de toneladas de CO2 - aproximadamente um terço do que o desmatamento da Amazônia gera anualmente em gases do efeito estufa. Com o direito de comercializar os créditos de carbono, essa redução de emissões poderia garantir aos criadores um faturamento anual de € 671 milhões - considerando o valor de € 9,41 por tonelada de CO2, como citado no estudo.

No Paraná, já existe mercado para a venda da energia extra produzida pelo tratamento dos efluentes. A Copel assinou em março deste ano os primeiros contratos para a aquisição de energia da biodigestão da matéria orgânica. Quatro produtores se interessaram em vender a energia, que no total soma 524 kilowatts. Na Granja Colombari, no município de São Miguel do Iguaçu, a energia gerada a partir dos excrementos de 3 mil porcos é vendida para a Copel e os produtores ainda comercializam os créditos de carbono, previstos no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto.

A matéria é de Paulo Victor Braga, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.

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MARIA APARECIDA

SOROCABA - SÃO PAULO

EM 09/05/2012

Temos um abrigo com 300 cães, gostaríamos de ajuda para otimizar o processo com as fezes.

Maria Aparecida = e-mail:parecidacomercial@ig.com.br
PAULO ROBERTO DE MELLO

VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/09/2009

Ate o momento ,o que sei, na região de ponte nova -MG o gas gerado so esta sendo queimado e estudos estavam sendo realizados para o seu beneficiamento como fonte de energia . Favor citar como contatar Dra Cecilia e algum endereco para visitacao nesta regiao da zona da mata de minas gerais .Construi um biodgestor e so estou utilazando o Biofertilizante - fica em Mutum-mg
Sou muito interessado no assunto
atc paulo mello
RICARDO PREIS

RIO DO CAMPO - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/09/2009

Achei muito interessante esse estudo.. não sabia que tinha tanta energia e nutrientes, envolvido com a agropecuária. Isso me deixa muito entusiamado para fezer a minha parte neste assunto, mas é tão dificil um pequeno produtor de leite, montar um biodigestor e vender os créditos de carbono. Gostaria de receber alguma informação de como um pequeno produtor poderia realizar um sistema desse.
PAULO LUÍS GONÇALVES CAMPELO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/09/2009

Prezado Sr. Jose Serge Couto Feitosa, o Departamento de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal de Viçosa aqui em Minas Gerais possui em seu quadro de docentes alguns especialistas no assunto, como por exemplo a Professora Dra. Cecília de Fátima Souza, ela é extremamente competente, tem desenvolvido muitos trabalhos sobre esse assunto e inclusive é convidade para proferir palestras e cursos em outros países abordando esse tema.

Para efeito de complementação de V. Sa. eu visitei algumas propriedades onde é explorada a atividade de suinocultura na região da Zona da Mata Mineira e observei em algumas dessas propriedades biodigestores já em funcionamento, gerando energia elétrica, tornando a granja autosuficiente em energia e também gerando créditos de Carbono. Inclusive, em alguns casos, a empresa de biodigestores instalou o equipamento em troca desses créditos. Quem produz grandes volumes de dejetos não pode deixar de fazer um estudo de viabilidade da implantação do biodigestor, na minha opinião é uma alternativa de redução de custos com energia, redução de emissão de gases de efeito estufa e, o mais interessante, aquele cheirinho característico das granjas de suinocultura deixa de existir.
ROGÉRIO HERNANDEZ

TRÊS CORAÇÕES - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 26/08/2009

Gostaria de saber se está previsto a instalação dessas ´´usinas´´ no Estado de Minas Gerais, e se sim, em qual cidade/região
ROGÉRIO HERNANDEZ

TRÊS CORAÇÕES - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 25/08/2009

Gostaria saber se está previsto a instalação de uma ´usina´ que utiliza biomassa no Estado de Minas Gerais, e sim, a localização dela.
DIEGO MASCULINO BERNARDES

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 25/08/2009

Já ví alguns exemplos onde a implantação de projetos de biodigestores eram inviaveis pois alem de varios entraves (como autorização de utilização do gás) o investimento não era viável economicamente.
Porém sou leigo no assunto e são escassas informações sobre isso.
Agradeceria se esses questionamentos sobre viabilidade do investimento e também como um produtor teria acesso aos creditos de carbono, fossem esclarecidos.
Quão distante estão essas ferramentas da maioria dos produtores rurais?
JOSE SERGE COUTO FEITOSA

JUAZEIRO DO NORTE - CEARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/08/2009

Gostaria de mais informações sobre biodigestores,onde posso contratar consultorias?
PAULO LUÍS GONÇALVES CAMPELO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/08/2009

É preciso deixar bem claro que os gases de efeito estufa emitidos pela atividade Pecuária são provenientes da fermentação dos dejetos resultantes da digestão dos alimentos desses animais, alimentos esses que são de origem vegetal, e essas plantas, para se desenvolverem, utilizaram em seus processos metabólicos esses mesmos gases que antes se encontravam na atmosfera e que agora estão novamente sendo liberados para o mesmo lugar de onde vieram, finalizando um ciclo natural.
Me desculpem mas aqueles que afirmam que a Pecuária contribui para o AUMENTO do nível desses gases na atmosfera são, no mínimo, BURROS ou IRRESPONSÁVEIS. Infelizmente tem sido comum nos depararmos com esse tipo de informação, regurgitadas por Ongueiros e Ambientalistas desinformados e oportunistas. É óbvio que o AUMENTO do nível desses gases na atmosfera só ocorre quando utilizamos combustíveis fósseis. Não acredito que seja difícil entender isso.
Um abraço a todos.

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