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Debate sobre futuro do setor marca abertura do Interleite Brasil 2015

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/08/2015

7 MIN DE LEITURA

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A 15a edição do Interleite Brasil, maior evento técnico do setor lácteo, reuniu cerca de 1.000 pessoas no Center Convention, na cidade de Uberlândia, MG, considerando o Encontro de Laticínios, o Jantar dos Top 100 e o Interleite Brasil propriamente dito, que teve 827 participantes.

Além da vasta programação de palestras e debates, os participantes puderam conferir as novidades em tecnologias e serviços nos estandes das empresas patrocinadoras.

Para iniciar o evento, foram convidadas autoridades nacionais e importantes representantes do setor lácteo para compor a mesa de abertura. Estavam presentes: Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da AgriPoint Consultoria; Bruno Maia, Secretário de Agropecuária de Uberlândia, MG; Armindo José Soares Neto, Gerente de Suprimento de leite da Itambé S.A., representando Alexandre Almeida, Presidente da Itambé; Ênio Queijada de Souza, Gerente Nacional de Agronegócios do Sebrae; Rodrigo Sant’Anna Alvim, Presidente da Comissão de Pecuária Leiteira da CNA; Paulo do Carmo Martins, Chefe Geral da Embrapa Gado de Leite; Vicente Nogueira Neto, Coordenador da Câmara Temática de Leite da OCB, representando Marcio Lopes de Freitas, Presidente da OCB; Ludovico da Riva, Coordenador da carteira de leite e derivados do SEBRAE; e Thiago Soares Fonseca, Presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, MG.


Mesa de abertura do Interleite Brasil 2015

Na manhã do primeiro dia do evento foi realizado um Fórum Nacional, com a participação de dirigentes de instituições públicas e privadas, e sob moderação de Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da AgriPoint.


Da esquerda para direita: Marcelo C. Martins, João Antônio Fagundes Salomão, Paulo do Carmo Martins, Marcelo P. de Carvalho e Rodrigo Alvim

A primeira apresentação do dia foi do Diretor Executivo da Viva Lácteos, Marcelo Costa Martins. Ele falou sobre “O papel do setor privado na organização setorial: a visão da Viva Lácteos”. Segundo Martins, a palavra de ordem, enquanto associação que representa as indústrias, é trabalhar visando aumentar a demanda. “Para continuar crescendo a produção, com sustentabilidade da mesma, precisamos ampliar a demanda. Caso contrário, não podemos ter a mesma taxa de crescimento dos últimos anos.”, alertou. “Se queremos continuar crescendo, temos que ser competitivos. Para isso, nosso dever de casa é aumentar a eficiência produtiva (produtos e processos), com inovação tecnológica. Nesse cenário, qual o papel da organização setorial?”, questionou.

Em relação ao mercado internacional, Martins afirmou que o grande desafio é que as exportações brasileiras são muito concentradas em um produto (leite em pó), e em um país (Venezuela). “Precisamos rapidamente ampliar nosso mercado”, afirmou. Martins mostrou trabalhos que estão sendo realizados pela Viva Lácteos para criar condições de ampliar as exportações brasileiras de lácteos. “Estamos dando os primeiros passos para iniciar as exportações para a China, ao mesmo tempo em que temos que aproveitar as oportunidades no mercado russo. Há também um potencial para colocação do leite condensado brasileiro nos Estados Unidos, entre outros mercados que estão sendo abordados, além de consolidar as parcerias já existentes”, contou.

Em relação ao mercado interno, o diretor da Viva Lácteos afirmou que o aumento do consumo depende diretamente da inovação tecnológica. “Mesmo neste momento de crise econômica, tivemos crescimento do consumo de produtos inovadores e com maior valor agregado, como por exemplo o iogurte grego, os produtos sem lactose, os enriquecidos e fortificados, produtos light, entre outros. Outro ponto importante é a inovação de embalagens”, ressaltou Martins.

Encerrando sua apresentação, Marcelo Martins enfatizou que “a imagem do setor é outra frente a ser tratada”. Nesse sentido, a Viva Lácteos vem desenvolvendo um trabalho nos veículos de comunicação, para esclarecer a importância nutricional dos produtos lácteos e promover o consumo.

A segunda apresentação do dia foi ministrada por João Antônio Fagundes Salomão, Coordenador Geral de Assuntos de Pecuária, que mostrou “A visão do governo – Ministério da Agricultura”. Salomão contextualizou a produção e consumo nacional, evidenciando as principais necessidades para alavancar o produto brasileiro, tanto em relação ao aumento do consumo interno como também para conquistar novos mercados. “O Brasil é o 4º maior produtor de leite do mundo (36 bilhões de litros em 2014), com o expressivo crescimento da produção de 4,1% ao ano, nos últimos 10 anos. Para seguir neste ritmo, temos que implantar uma política de exportação e aumentar o consumo interno, que segue abaixo do aumento da produção”, afirmou.

O Coordenador apresentou um projeto do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) para melhoria da competitividade do setor lácteo brasileiro, baseado em pilares como assistência técnica, política agrícola, sanidade, qualidade do leite, marco regulatório e consumo de lácteos.

Dentre as ações em política agrícola, Salomão citou alguns programas dentro do Plano Agrícola e Pecuário 2015/16, entre eles o Inovagro; Programa ABC; Custeio com Recursos das Exigibilidades sobre Depósito à Vista; e Investimentos com Recursos das Exigibilidades sobre Depósito à Vista.

Em relação à sanidade, Salomão afirmou que “é preciso promover programas de educação sanitária voltada ao controle da brucelose e da tuberculose, como também ampliar os índices vacinais para brucelose (mínimo 80%)”.

O Coordenador falou também sobre a necessidade de reestruturação do Plano Nacional de Qualidade do Leite (PNQL), e o fortalecimento da Rede de Laboratórios – RBQL. Ele propôs também a criação do Sistema Nacional de Monitoramento Espacial e Temporal para Melhoria da Qualidade e Competitividade do Leite (SIMQL).

Salomão encerrou sua apresentação falando da importância das ações visando aumentar o consumo de lácteos, através da conscientização sobre os diversos benefícios à saúde.

Na sequência, Rodrigo S. Alvim, Presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, abordou “As demandas dos produtores de leite”. Para que os mesmos tenham condições de produzir de forma eficiente e sustentável, Alvim mostrou as condições fundamentais, entre elas, a assistência técnica e gerencial, mão de obra qualificada, acesso a energia elétrica e facilidade de logística, além de ações como pagamento por qualidade, sanidade do rebanho, redução a zero do PIS/COFINS da ração, entre outras.

“A atividade leiteira é muito complexa, envolve muitos fatores para a produção, daí a importância da orientação técnica. A maioria dos produtores de leite são carentes de informações básicas para o sistema produtivo. Por isso, a assistência técnica para o produtor de leite deve ser contínua, trabalhando de forma conjunta as partes técnica e econômica”, ressaltou.

Alvim mostrou algumas propriedades assistidas pelo Programa Balde Cheio, que mudaram sua realidade produtiva após adesão ao programa, assim como outras iniciativas voltadas à assistência técnica de produtores de leite.

O dirigente da CNA apresentou outras ações dentro do Projeto Melhoria da Competitividade do Setor Lácteo Brasileiro, do MAPA (2015/2018), considerando as demandas citadas no início da apresentação.

Como mensagem final, Alvim afirmou que “grande parte dos fatores que intensificam a crise não estão sob a governança dos produtores. No entanto, sabendo da ciclicidade da atividade, o aperfeiçoamento do processo gerencial é a melhor arma para combatê-la.

Encerrando o primeiro painel do evento, Paulo do Carmo Martins, Chefe Geral da Embrapa Gado de Leite, falou sobre “O papel da pesquisa e os caminhos para a extensão rural”.

Martins ressaltou a contribuição da agricultura para o desenvolvimento econômico do país, e mais ainda, de sua modernização, que tem proporcionado a produção crescente de alimentos a preços menores, obtenção de divisas, liberação da mão de obra, compra de produtos urbanos e produção de energia.

Ainda sobre a importância do agronegócio, Martins mostrou o papel da cadeia produtiva do leite, sendo a que mais gera postos permanente de trabalho no país. “Houve uma mudança estrutural da produção nos últimos anos, principalmente em função da elevação do preço da terra e redução da mão de obra”, afirmou.

No entanto, segundo Martins, há muito o que ser feito, considerando as diferenças entre classes sociais. Em sua apresentação, ele mostrou dados indicando que, dos 4.642 produtores de leite no Brasil, 67,3% são considerados muito pobres, e representam 3% da produção nacional. Apenas 0,6% dos produtores de leite estão inseridos na classe de ricos, respondendo por 51% da produção “Precisamos identificar quais destes produtores inseridos nas classes pobre e muito pobre realmente são produtores, e que desejam seguir e evoluir na atividade, trabalhando assim para que exista uma política de transferência de renda, e que recebam extensão rural”, finalizou Martins.

No debate realizado após as palestras, Roberto Jank Jr, produtor de leite em São Paulo, questionou a respeito dos impostos de importação de peças e equipamentos, que diminuem a competitividade do setor. “Um insuflador paga 20% de imposto de importação e mais 20% de PIS e Cofins. Como vamos ter competitividade se a peça mais importante para extrair o leite tem um custo adicional dessa magnitude?”, observou.


Auditório lotado na 15a edição do Interleite Brasil

No período da tarde, o tema central das apresentações foi a tecnologia aplicada.

O Interleite Brasil é realizado pela AgriPoint e conta com o patrocínio master da Itambé; com o patrocínio diamante da DSM|Tortuga, Senar/Faemg, Ocemg, OCB, Elanco e Sebrae/DF; com o patrocínio platina da Agroceres, DeLaval, Bayer, Lallemand, CRV Lagoa e Vetoquinol; com a participação da Inabor e o apoio das revistas Leite Integral, Balde Branco, Mundo do Leite, Mundo do Agronegócio, Feed & Food, e da Conavet, SIG Combibloc, CCPR, EMBRAPA, Silemg, Sindicato de Uberlândia (CAMARU), Centroleite, Capal, Projeto Educampo, Prefeitura de Uberlândia e 3Rlab.

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