Danone se une a ONG para aumentar coleta seletiva em MG

A Danone anunciou hoje em Belo Horizonte o lançamento de seu projeto "Catadores", e pretender formar uma rede de cooperativas que será responsável pela coleta de até 20% do lixo reciclável da região do Sul de Minas em quatro anos.

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A Danone anunciou hoje em Belo Horizonte o lançamento de seu projeto "Catadores", que pretende incentivar a coleta seletiva de lixo em 22 municípios do sul do Estado.

O projeto foi desenvolvido em parceria coma organização não governamental Insea e pretender formar uma rede de cooperativas que será responsável pela coleta de até 20% do lixo reciclável da região em quatro anos. Hoje, segundo dados da ONG, apenas 5% de todo lixo produzido pelos municípios é reciclado - ou 9,2 milhões de toneladas por mês.

Em entrevista ao Valor, Mariano Lozano, presidente da Danone no Brasil, explicou que a ação é também uma tentativa de se adianta à Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece a logística reversa no país. Esse sistema corresponsabiliza governo, consumidores e indústria pela destinação correta do produto no pós-consumo. "Temos a meta de 20 em 4. Ou seja, fazer em quatro anos o que a lei pede para que se faça em 20", diz o executivo. "A implantação do projeto irá permitir que as divisões de Produtos Lácteos Frescos e de Águas da Danone alcancem em apenas 4 anos o equivalente a mais de 40% do total de resíduos pós-consumo gerado pela empresa".

Entre as cidades contempladas estão Poços de Caldas e Jacutinga, onde da Danone possui suas duas fábricas no Brasil, além de Três Pontas, Varginha, Alfenas, Lavras e Três Corações, totalizando 22 municípios. Hoje, essas localidades possuem 24 cooperativas e 466 catadores que trabalham de forma independente, o que diminui o volume arrecadado e, consequentemente, o poder de barganha pelo valor pago. Com a iniciativa, a intenção é elevar o número de catadores a 900 até 2015.

O mapeamento das cidades, que durou nove meses, e a execução do projeto contarão com um investimento de R$ 3,9 milhões de um fundo internacional da Danone, criado em 2009, voltado a projetos socioambientais. Ao Insea caberá a assistência técnica às cooperativas e educação ambiental da população e auxílio aos governos locais para a criação de políticas públicas e roteiros de coletas.

"Queremos eliminar os atravessadores e fazer com que os catadores deixem de vender isoladamente. A capacitação passará por melhoria da gestão e comercialização de resíduos", diz Luciano Marcos, diretor-presidente do Insea.

Dados compilados pela ONG mostram que há hoje 10 aterros controlados na região, 5 aterros sanitários e 5 lixões.

A matéria é de Bettina Barros, do Valor, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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