A organização que representa a indústria de lácteos do Reino Unido, Dairy UK, contestou as conclusões de um relatório que diz como a indústria pode cortar as emissões de gases de efeito estufa, dizendo que o relatório inclui princípios "perigosos".
O relatório, "How low can we go: an assessment of greenhouse gas emissions from the UK food system and the scope for reduction by 2050", foi publicado pela WWF-UK e pelo Food Climate Research Network (FCRN). As duas organizações argumentam que somente focar em tecnologia não é suficiente para reduzir as emissões da indústria e que os padrões de consumo precisam mudar também.
O diretor geral da Dairy UK, Jim Begg, disse que o estudo "sugere a remoção de alguns dos alimentos mais populares do país das prateleiras, 'educando' os consumidores a escolher alimentos diferentes e a complementar dietas vegetarianas com suplementos".
"A Dairy UK acredita que esses são princípios perigosos que alienarão os consumidores e a indústria. A Dairy UK ficaria feliz em trabalhar com a WWF em uma forma construtiva para lidar com os desafios ambientais que todos enfrentamos - incluindo reduzir radicalmente as emissões da cadeia de alimentos. Porém, isso significa reconhecer a importância econômica e social da indústria de lácteos".
"A conclusão de que os produtores de leite devem ser estimulados a investir na redução de sua produção à medida que a população mundial cresce não é realista. Também não é lógico defender que os consumidores mudem para uma dieta vegetariana, apoiados com suplementos de vitaminas".
Begg disse que espera que a WWF se una com a indústria de lácteos e dê apoio às iniciativas existentes, como o Milk Roadmap, o Plano Ambiental para a Produção Leiteira e o desenvolvimento de um padrão de pegadas de carbono para a produção de leite.
O relatório da WWF-FCRN argumenta que a indústria de alimentos precisa cortar as emissões de gases de efeito estufa em 70% até 2050 para fazer sua parte no controle do aumento da temperatura global. O relatório afirma que todos os estágios da cadeia de alimentos do Reino Unido aumentaram as emissões.
O estudo propõe uma série de soluções, incluindo maior eficiência de produção; melhores rendimentos agrícolas e mudanças na nutrição animal para reduzir as emissões de metano; uma mudança significante para combustíveis não de carvão e uma maior eficiência no uso de energia; além de mudanças nos tipos de alimentos consumidos.
A reportagem é do Dairy Reporter, adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.
Dairy UK contesta relatório sobre emissões de GEE
A organização que representa a indústria de lácteos do Reino Unido, Dairy UK, contestou as conclusões de um relatório que diz como a indústria pode cortar as emissões de gases de efeito estufa, dizendo que o relatório inclui princípios "perigosos", como a "remoção de alguns dos alimentos mais populares do país das prateleiras, 'educando' os consumidores a escolher alimentos diferentes e a complementar dietas vegetarianas com suplementos".
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