A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) recusou a proposta de termo de compromisso apresentada pelos administradores da Aracruz e da Sadia nos processos que apuram a responsabilidade pelas operações com derivativos que, em 2008, levaram as companhias a sérias dificuldades. A empresa de alimentos perdeu R$ 2,6 bilhões com contratos cambiais de alto risco e a de papel e celulose, R$ 4,5 bilhões.
O colegiado da CVM, instância máxima do órgão regulador do mercado de capitais, optou por levar os casos a julgamento. O da Aracruz já tem data: 7 de dezembro. O da Sadia ainda não está marcado. A assinatura de um termo de compromisso significaria o fim dos processos contra os administradores sem a presunção de culpa dos acusados.
Além de Isac Zagury e Adriano Ferreira, diretores financeiros à frente respectivamente de Aracruz e Sadia na época, a CVM tem uma longa lista de acusados: 13 conselheiros da companhia de alimentos, e, no caso da empresa de papel e celulose, dois conselheiros, o presidente executivo, os três membros do comitê financeiro e os três do comitê de auditoria.
Em tese, a CVM ainda poderia aceitar renegociar as propostas de termo de compromisso. Contudo, a realização do sorteio dos relatores dos processos e a definição da data dos julgamentos indicam que não há mais espaço para essa negociação.
No caso da Sadia, todos os acusados propuseram pagar R$ 200 mil cada um para encerrar o processo. Já na Aracruz, o presidente Carlos Aguiar, atual executivo-chefe da Fibria, e Zagury ofereceram R$ 400 mil cada um. Os demais também sugeriram o pagamento de R$ 200 mil. Juntos, os dois casos renderiam, no mínimo, R$ 4,8 milhões aos cofres públicos.
A acusação feita pela CVM a todos os envolvidos em ambos os episódios é de terem faltado com seu dever de diligência e cuidado na gestão das empresas, conforme determina a Lei das Sociedades por Ações em seu artigo 153. Aguiar e Zagury também teriam infringido a Instrução 235, da CVM, por não relatar corretamente em notas explicativas a exposição cambial da Aracruz, no balanço trimestral de junho de 2008.
No entanto, o Comitê de Termo de Compromisso da autarquia sugeriu a rejeição das propostas. No entendimento desse grupo, não seria conveniente o encerramento do processo por conta do volume financeiro envolvido e do contexto das infrações. Além disso, eles reforçam que ambos os casos demandam um pronunciamento "norteador por parte do colegiado em sede de julgamento", visando a orientação do mercado sobre situações dessa natureza.
A matéria é de Graziella Valenti, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
CVM vai julgar executivos de Sadia e Aracruz
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) recusou a proposta de termo de compromisso apresentada pelos administradores da Aracruz e da Sadia nos processos que apuram a responsabilidade pelas operações com derivativos que, em 2008, levaram as companhias a sérias dificuldades. A empresa de alimentos perdeu R$ 2,6 bilhões com contratos cambiais de alto risco e a de papel e celulose, R$ 4,5 bilhões. O colegiado da CVM, instância máxima do órgão regulador do mercado de capitais, optou por levar os casos a julgamento.
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CLEMENTE DA SILVA
CAMPINAS - SÃO PAULO
EM 13/10/2010
Num país onde as leis são para serem cumpridas e sério, esses ilustres senhores não estariam na cadeia há muito tempo? Lembrando que no caso da Sadia, a coisa foi ainda muito pior, já que o autor que se esconde por de trás de um bode expiatório, é o netinho querido do falecido Atílio Fontana, que a essas alturas deve ter dado umas cinqüenta viradas no túmulo, (me perdoem os familiares sérios) pois a empresa que ele criou para vender frangos, perús e como ele pronuciava, "solsicha", foi a banca rota em função da sabedoria de seu mais querido neto, formado e gaduado nas melhores universidades do mundo, com os melhores títulos de DR., foi meter a empresa orgulho de meu querido estado de Santa Catarina e do Brasil, na maior roubada, culminando com sua falência, literal.
Enfim, nesse país onde milhares de casos como este e até mais escndalosos caem no esquecimento em pouco tempo, o grande causador desse desastre vai sair ileso. Aliás, nem se fala nele. Apenas para lembrar, ele foi ministro do Lula.
Abraços,
Clemente.
Enfim, nesse país onde milhares de casos como este e até mais escndalosos caem no esquecimento em pouco tempo, o grande causador desse desastre vai sair ileso. Aliás, nem se fala nele. Apenas para lembrar, ele foi ministro do Lula.
Abraços,
Clemente.