Cuba estimula produção de leite e reduz importações

A produção de leite em Cuba aumentou 10,8%, em 2009, a de arroz 44,6% e a de feijão 9,6%. Estes são os primeiros resultados positivos do plano quinquenal do governo para elevar a produção e reduzir as importações de alimentos básicos.

O governo cubano lançou um programa para reduzir as importações, aumentando a produção de alimentos da ilha, e espera reduzir as importações de arroz, feijão e leite em pó, artigos básicos da dieta cubana, em 50% até 2012.

O presidente Raul Castro, que assumiu o comando do país no lugar de seu irmão mais velho Fidel Castro, em fevereiro de 2008, elevou os preços pagos pelo Estado aos produtos alimentícios, descentralizou o processo decisório e a distribuição dos produtos agrícolas e arrendou 50% das terras ociosas do Estado a empresas privadas e cooperativas estatais.

Em 2008, Cuba importou 52.113 toneladas de leite em pó, segundo estatísticas do governo.

Cuba gastou 2,2 bilhões de dólares com a compra de alimentos em 2008, incluindo 700 milhões para a aquisição de arroz e feijão e 250 milhões para a compra de leite em pó. A ilha importa cerca de 70% dos alimentos que consome.

Em 2009, a produção de arroz foi de 300 mil toneladas, de feijão, 106.500 toneladas, e de leite, 587 milhões de litros em 2009, contra respectivamente 207.500 toneladas, 97.200 toneladas e 530 milhões de litros em 2008, informou o departamento Nacional de Estatísticas em sua página na Internet.

A maior parte da terra em Cuba ainda pertence ao Estado, mas agricultores e cooperativas são donos de cerca de 20% das terras e produzem mais de 60% dos alimentos. O Estado controla a compra atacadista e a distribuição varejista de entre 80 e 90% de tudo o que é produzido.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.