Tereza lembrou que o Ministério da Agricultura não faz sozinho as análises dos registros, que são divididos com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais e Renováveis (Ibama).
Organizações Não-Governamentais (ONGs) e entidades ambientalistas vêm desde o início do ano apontado que a quantidade de agroquímicos registrados neste ano é recorde, e não raro associam esse ritmo à gestão da ministra. No ano passado, ainda como líder da bancada ruralista, Tereza esteve entre os deputados que mais atuaram pela aprovação, em comissão especial da Câmara, do polêmico projeto de lei que flexibiliza e agiliza o registro de defensivos no país. Atualmente, o PL já está no plenário na Câmara, porém ainda depende de ser pautado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A velocidade de registros de defensivos no Brasil está em linha com a do ano passado. Mas de fato os trabalhos ganharam celeridade desde 2016, como já mostrou o Valor. A Anvisa, responsável pela avaliação toxicológica dos produtos, tem explicado que aperfeiçoou seus processos, ampliou a estrutura de pessoal e passou a estabelecer metas de produtividade nos processos de análise. Hoje, a ministra voltou a dizer que a Anvisa tem conseguido analisar com mais velocidade a fila de pedidos para o registro de agrotóxicos, que chegam a esperar até oito anos por uma autorização para comercialização
“Até agora [neste ano], o que vem se registrando são genéricos. E se não temos hoje os produtos [defensivos] disponíveis na Europa, é porque só há pouco tempo a fila começou a andar. Mas a Anvisa está revisando vários agroquímicos para, até se for o caso, se chegar ao banimento dos produtos”, afirmou Tereza, se referindo aos processos de revalidação de alguns agrotóxicos — como o glifosato, por exemplo.
“Vamos combater a desinformação. E hoje vamos comemorar os nossos orgânicos, que cada vez mais estarão nos pratos dos brasileiros”, acrescentou. O Ministério da Agricultura lançou a 15ª edição da campanha nacional para difusão e apoio à produção de orgânicos no país, que acontece sempre na última semana de maio. De acordo com a Pasta, o principal intuito é mostrar à população como identificar o selo de certificação de produtos orgânicos em feiras e mercados.
E vocês, leitores, qual é sua opinião sobre tal assunto?
As informações são do jornal Valor Econômico.