Cooperativas: avançam as negociações para megafusão
Na segunda semana de março, a PricewaterhouseCoopers deve entregar a avaliação sobre os ativos das centrais de cooperativas de leite Itambé, Centroleite, Confepar, Cemil e Minas Leite, que articulam uma união desde agosto do ano passado. De acordo com o presidente da Itambé, Jacques Gontijo, a avaliação mostrará o valor dos ativos de cada uma e o peso que terão na nova cooperativa a ser criada. O próximo passo é uma due diligence nas cooperativas.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
De acordo com o presidente da Itambé, Jacques Gontijo, a avaliação mostrará o valor dos ativos de cada uma e o peso que terão na nova cooperativa a ser criada. O próximo passo é uma due diligence nas cooperativas. As cinco (três mineiras, uma goiana e uma do Paraná) miram-se nos exemplos bem-sucedidos da neozelandesa Fonterra e da americana DFA - Dairy Farmers of America, ambas resultados de fusões de cooperativas de leite. O objetivo delas é ganhar musculatura e se fortalecer num mercado que vive um período de concentração.
Gontijo desmentiu a informação veiculada em matéria recente da revista Veja, de que o frigorífico JBS estaria comprando a Itambé. Segundo ele, há um mês a JBS procurou a Itambé para fazer uma oferta de compra, que foi negada pela Itambé. Além disso, em 2009, outras três empresas, cujos nomes ele não divulga, também mostraram interesse em adquirir a Itambé. O presidente da cooperativa mineira disse, porém, que o plano é seguir no negócio. "Esse não é o objetivo [vender a Itambé]. Não tenho autorização [das coligadas] para vender a Itambé. O que tem é o projeto de consolidar as cooperativas de leite", disse, referindo-se à negociação para a fusão com Minas Leite, Cemil, Confepar e Centroleite. Ele disse ainda preferir a união com outras cooperativas a fazer uma sociedade com uma empresa.
A JBS, que entrou no leite quando adquiriu a Bertin em setembro de 2009, negou que tenha feito a oferta pela Itambé, por meio de sua assessoria. Mas é fato que existe interesse da empresa de crescer em leite.
Dentre as cinco cooperativas que articulam a fusão, a Itambé é maior delas, com cinco unidades. A Confepar tem duas fábricas e a Cemil, uma unidade. Minas Leite e Centroleite não têm indústrias e apenas captam o produto e o revendem para terceiros. No desenho da cooperativa que resultar da fusão, a Itambé, com faturamento de quase R$ 2 bilhões, teria a maior participação.
A matéria é de Alda do Amaral Rocha, para o jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.
Tenha acesso a conteúdos exclusivos gratuitamente!
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!

LIMEIRA DO OESTE - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS
EM 05/03/2010
Um abraço.
JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 04/03/2010
Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA -OLARIA - MG

MARINGÁ - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO
EM 02/03/2010
Creio que existam dois lados - nao excludentes, e até complementares, desse processo de megafusão: por um lado, a necessidade de ganho de escala para sobreviver em um mercado global e, por outro, a percepção da cooperativa enquanto agente do segmento do processamento na cadeia do leite.
No primeiro aspecto, ha muito o que comemorar, pois são indicios de fortalecimento do cooperativismo. No segundo aspecto, deve-se ficar atento para que o cooperativismo não perca sua verdadeira razão, que é a propria ação coletiva, e que a cooperativa não passe a se enxergar como mais um agente do segmento processador na disputa por ganhos ao longo da cadeia produtiva, em um mercado cada vez mais competitivo.
De qualquer maneira, creio que a concentração torna-se inevitavel neste e em outros mercados agroindustriais - vejam o exemplos de frangos e suinos! Melhor então que tal concentração ocorra via cooperativas, pois ha chances do primeiro aspecto prevalecer...
Por fim, cabe aos produtores rurais também adotarem estratégias para se fortalecerem diante das mudanças. A cadeia do leite e o agronegocio brasileiro saem ganhando.
JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 01/03/2010
Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

CAMPINAS - SÃO PAULO
EM 01/03/2010
O Sr em uma frase resumiu tudo. essa "maga fusão" nunca será a nossa Fonterra.
Abraços,
Clemente.
JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 26/02/2010
Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

BUENÓPOLIS - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
EM 26/02/2010

VARGINHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 26/02/2010

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 25/02/2010

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 25/02/2010
Com relação a minha indagação, você diz que há varias formas de uma empresa comprar uma cooperativa, e a mais comum seria a comprs dos ativos, que poderia inclusive incluir marcas, e que a cooperativa original continuaria existindo.
Eu continuo só vendo essa forma. Mas fica aqui uma indagação: se uma empresa comprou os ativos da cooperativa, inclusive suas marcas, o que sobrou para os cooperados? Não ficariam apenas como fornecedores vinculados a essa empresa travestidos de cooperados?
Uma coisa diferente seria uma cooperativa vender sua parte industrial para uma empresa e ficar com um percentual de ações dessa empresa, de forma que possa ter um controle da empresa que estaria processando seu leite, com opção até de fornecer o leite para outra empresa. Nesse caso a cooperativa teria capital aplicado na indústria, se concentraria na capatação de leite e até aumentando seu poder de negociação, o que me parece que poderia ser uma boa opção para os produtores de leite.
O Clemente da Silva alerta que a Itambé deixou de ser cooperativa há muito tempo e que os produtores deveriam deixar de ser ingenuos. Será que uma empresa teria comprado os ativos e a marca Itambé, e que a notícia da Veja que o frigorífico JBS estaria comprando a Itambé, se trataria na realidade de uma negociação entre duas empresas?
Com relação à mega fusão, envolvendo a Itambé, Centroleite, Confepar, Cemil e Minas Leite, o Osmar U Carvalho alerta que os cooperados deveriam ler a opinião de um economista publicada no Jornal Estado de Minas para estarem cientes do que pode acontecer. Qual seria essa opinião? O Osmar deveria transcrever essa matéria numa outra carta.
Penso que é preciso muita transparência na negociações de uma cooperativa com uma empresa ou entre cooperativas. Há formas de negócios que podem ser vantajosas para todos os envolvidos no negócio. O que seria lamentável seriam empresas travestidas de cooperativas e seus fornecedores ficarem vinculados a essa empresa iludidos que são cooperados - essa possibilidade, mesmo que fosse legal, seria imoral.
Abraço
Marcello de Moura Campos Filho

LAGOA GRANDE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 25/02/2010
abraços

LIMEIRA DO OESTE - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS
EM 25/02/2010
Um grande abraço.

CAMPINAS - SÃO PAULO
EM 24/02/2010
Agora: oque eu vejo é muita ingenuidade de um lado e cumplicidade do outro nessa estória toda. Estória sim senhor, e tomara não venha ser, história. Isso não será bom para produtores de Minas, Sudoete de Goiás e norte do Paraná, já de imediato. Eu já falei num editorial sobre essa fusão, que a Itambé, há muito deixou de ser cooperativa. Atentem... Depois não adianta chorar. No Brasil tudo é permitido, quando envolve dinheiro de outros. O produtor que se dane.
Clemente.
PATROCÍNIO PAULISTA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 24/02/2010
Tentando contribuir com sua indagação, existem várias maneiras de uma empresa comprar uma cooperativa.
A mais comum é a compra dos ativos, como voce citou, Dois exemplos recentes são a compra da Cooperativa do Vale do Rio Doce, de Governador Valadares (Ibituruna) pela Parmalat, e da Cooperativa Central Leite Nilza pela Nilza Alimentos. Em ambos os casos as cooperativas originais continuaram existindo, tendo transferido seus ativos (inclusive marcas) às empresas compradoras.
Um abraço,
LUZ - MINAS GERAIS
EM 24/02/2010
Att,
Guilherme Resende de Oliveira.

TEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA
EM 23/02/2010
Sucesso nesta megafusão

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 23/02/2010
Gontijo negou que a JBS estaria comprando a Itambé, e a JBS negou que tenha feito a oferta. Mas a notícia me levou a uma pergunta.
A pergunta que tenho é como uma empresa pode comprar uma cooperativa, uma vez que empresa é uma coisa e cooperativa é outra? Seria a compra dos ativos? A cooperativa seria disolvida com a transação?
Marcello de Moura Campos Filho

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO
EM 23/02/2010
Bellini

TEÓFILO OTONI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 23/02/2010
Cooperados da ITAMBÉ
Leiam no jornal Estado de Minas, pg. 08 " Cartas a Redação" sobre a fusão das Cooperativas( opinião de um economista)
É importante que todos os cooperados estejm cientes do que pode acontecer.
Osmaur