Conseleite/SC projeta queda nos preços ao produtor

Continua a tendência de queda nos preços do leite no mercado catarinense na aquisição de leite pelos laticínios de todo Estado. Depois de uma queda de 6,7% de junho em relação a maio, outra redução de 4,1% é projetada nos valores previstos para julho pelo Conselho Paritário Produtores/Indústria de Leite (Conseleite/SC).

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Continua a tendência de queda nos preços do leite no mercado catarinense. Depois de uma queda de 6,7% de junho em relação a maio, outra redução de 4,1% é projetada nos valores previstos para julho pelo Conselho Paritário Produtores/Indústria de Leite (Conseleite/SC).

O colegiado reuniu-se na semana passada em Campos Novos/SC e anunciou os valores finais de junho que caracterizam uma das maiores quedas dos últimos meses: R$ 0,6742 o litro de leite acima do padrão; R$ 0,5863 o padrão e R$ 0,5330 o abaixo do padrão.

Os valores de referência previstos pelo Conseleite para o mês de julho embutem uma projeção de redução de 2 centavos, mas somente serão confirmados na reunião do Conselho Paritário em agosto. De acordo com essa projeção, os novos valores de referência da matéria-prima serão: R$ 0,6469/litro para leite acima do padrão, R$ 0,5625 para leite padrão e R$ 0,5114 para o produto abaixo do padrão exigido. A variação dos preços projetados para o próximo mês é de -4,1% para as três categorias do produto.

O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Nelton Rogério de Souza, lamenta que "a alegria dos criadores tenha durado pouco: os preços do leite ao produtor que insinuaram uma reação em maio, despencaram e continuam em queda. Estamos tendo prejuízos em plena entressafra, tradicionalmente o momento em que o produtor rural recupera os prejuízos do ano com preços compensatórios".

A excessiva entrada de leite importado é a causa desse comportamento do mercado. O Chile, o Uruguai e, principalmente, a Argentina estão congestionando o mercado brasileiro de leite em pó. A Faesc e a CNA já solicitaram ao governo federal que restrinja a importação de lácteos nesse período, mas ainda não foram atendidos.

As previsões otimistas do início do ano foram derrubadas pela evidência do comportamento do mercado e nem o aquecimento da demanda, com o aumento no poder de compra dos consumidores da classe C, impediu a queda dos preços.

As informações são da MB Comunicação, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.


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Eduardo Gomes S Silva
EDUARDO GOMES S SILVA

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/07/2010

Cabe aos governos a implementação de políticas que preservem seu parque industrila e produtivo, em todos os setores. Exemplos disto estão em todos os países sérios e adiantados como Europa, USA, Nova Zelândia, etc.... Escancarar as portas à importação não é certamente a meçhor política para qualquer nação. E é isto que vemos sistemáticamente acontecer no Brasil com relação à produção leiteira.
Ano de eleição...PT querendo se perpetuar no poder...incompetência, etc...
Discordo do Sr. Alexandre acima que insinua que o preço está ótimo. Devemos ver que os custos são também elevados e o que importa é o resultado final. A indústria é menos prejudicada neste jogo pois tem maior força. Além disto, a indústria foi a maior beneficiada com a IN-51 pois passou a receber um produto melhor sem qualquer aumento de custo ou qualquer compromisso: paga o preço que quer e não tem contrato formal, por um produto melhor. Os ônus ficaram para os produtores que continuam sem garantias para sua produção. A IN-51 é boa e necessária porém deveria ser acompanhada de beneficios ao produtor como a obrigatoriedade de a indústria pagar pela qualidade e que isto fosse feito através de contrato formal e não numa relação informal e sem garantias de continuidade para o produtor. Exportar não depende apenas de qualidade mas essencialmente do estabelecimento de políticas competentes e de visão de longo prazo. Preservação do parque de produção, garantias mínimas ao produtor e políticas de exportação, não de importação. Como convencer o produtor a melhorar sua qualidade num produto que lhe dá prejuízo e que é entregue sem saber o quanto vai receber? A indústria faria isto? Duvido.
Concordo com o Sr. Eugenio Scala: a comercialização é a parte que menos sofre e também aquela que menos contribui.
Eugenio Scala
EUGENIO SCALA

BUENOS AIRES - BUENOS AIRES - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 21/07/2010

Esta misma discusiòn tenemos tambièn aquì en Aregentina!!! Quièn es el que el que "paga o pato". aquì en argentina subiò el precio al productor y hoy estamos cobrando casi igual que en Brasil. estamos en 32 cvos de dòlar.

lo que vemos aquì es que a veces paga el pato, outras veces a industria y muitas pocas veces a comercializaciòn!!!!!
Alexandre Henrique Strassburger
ALEXANDRE HENRIQUE STRASSBURGER

CHAPECÓ - SANTA CATARINA - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 21/07/2010

Todos pagam a conta....

Não só os produtores......que por sinal estão recebendo preços melhores que nossos vizinhos e outros países....

A indústria também tem o seu custo...que não é pouco.....a importação atinge a todos.....

O produtor precisa melhorar a quaidade do seu leite para que possamos exportar o volume excedente para que o preço mantenha-se estável e interessante para todos......não vamos culpar os outros, mas vamos fazer nosso trabalho.....
Fernando  Fonseca Gomes
FERNANDO FONSECA GOMES

INDIANÓPOLIS - MINAS GERAIS

EM 19/07/2010

e mais uma vez quem paga o pato e o restante do quintal é o produtor brasileiro.é o que mais trabalha e o quemenos tem valor na sociedade...
DARLANI  PORCARO
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/07/2010

Na cadeia leiteira, infelizmente ,nós produtores , é que temos que pagar novamente a conta , não sabemos quanto vamos receber e só no dia de pagamento é que sabemos o prejuizo que levamos.
Pedro Marcos Lopes
PEDRO MARCOS LOPES

COLUNA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/07/2010

Nós,produtores de leite, devemos nos unir e votar contra estes petistas que estão destruindo a cadeia produtora de leite no brasil, já não basta o cambio desfavorável e agora permiter esta importação absurda de leite do uruguai e cia.
Fora Lula, fora Dilma, fora petistas...
Qual a sua dúvida hoje?