Conab confirma produção recorde de 162,9 milhões de toneladas de grãos

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou na última sexta-feira (09) o último levantamento de campo para a safra de grãos 2010/11 e confirmou a produção recorde de 162,9 milhões de toneladas. O volume é 0,9% maior que o estimado no mês passado e 9,2% superior ao colhido na safra 2009/10.

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou na última sexta-feira (09) o último levantamento de campo para a safra de grãos 2010/11 e confirmou a produção recorde de 162,9 milhões de toneladas. O volume é 0,9% maior que o estimado no mês passado e 9,2% superior ao colhido na safra 2009/10.

A produtividade recorde das lavouras surpreendeu, pois na primeira estimativa da safra 2010/11, feita em outubro do ano passado, a Conab previa a produção de 146,8 milhões de toneladas. No fim do ano passado, havia o temor do efeito do fenômeno La Niña, que provocou atraso no início do plantio. Entretanto, as boas condições climáticas nas principais regiões produtoras favoreceram o desenvolvimento das lavouras.

Ao comentar os dados da Conab, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, observou que, à exceção do arroz, mesmo com a colheita da safra recorde, os produtores estão obtendo boas margens de comercialização este ano, graças aos bons preços internacionais do milho, soja e algodão, o que assegura a redução do endividamento no campo e o aumento dos investimentos em tecnologias e equipamentos.

O arroz é um dos poucos produtos que ainda exigem aporte de recursos do governo para garantir aos agricultores receber pelo menos o preço mínimo de garantia. Até julho deste ano, foram gastos R$ 266,5 milhões dos R$ 5,2 bilhões previstos no orçamento para a política de apoio à comercialização. Os desembolsos no ano passado foram de R$ 1,45 bilhão e, há dois anos, os gastos somaram R$ 4,2 bilhões.

José Carlos Vaz prevê que na próxima safra apenas os produtores de arroz devem continuar dependentes do apoio do governo, mesmo com a tendência de preços agrícolas mais baixos para o próximo ano. Apesar disso, ele diz que o governo mantém o orçamento de R$ 5,2 bilhões para a política de sustentação de preços. Um dos produtos mais vulneráveis é o algodão, cujos preços podem sofrer impacto de uma retração da economia mundial.

Na opinião do secretário, as margens de comercialização dos principais produtos devem se manter positivas, pois a expectativa é de manutenção dos níveis atuais de produção e produtividade, que são os melhores da história. Carlos Vaz acredita que os preços dos alimentos devem pressionar menos a inflação na entressafra de 2012, pois não existe previsão de adversidades climáticas.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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