Comparado a 2017, importações crescem 5,5% no acumulado do 2º semestre de 2018

Apesar da redução mensal nas importações, na comparação anual, o volume importado em setembro de 2018 foi 18% maior do que setembro de 2017, e no acumulado do 2º semestre de 2018 (entre julho e setembro), o Brasil importou 5,5% a mais do que no mesmo período de 2017.

Publicado por: MilkPoint

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Segundo a SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), em setembro, o Brasil importou 91,9 milhões de litros em equivalente leite, volume 12,9% menor na comparação com agosto. Assim, a balança comercial láctea brasileira chegou a um déficit em equivalente leite de 77 milhões de litros, e continuou a diminuição da diferença em seu saldo, que já ocorrera nos dois meses anteriores. Confira a balança comercial láctea em equivalente leite no gráfico 1:

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.

balança comercial láctea brasileira

Apesar da redução mensal nas importações, na comparação anual, o volume importado em setembro de 2018 foi 18% maior do que setembro de 2017, e no acumulado do 2º semestre de 2018 (entre julho e setembro), o Brasil importou 5,5% a mais do que no mesmo período de 2017.

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Entre os produtos importados, as 5,45 mil toneladas importadas de leite em pó integral representaram uma redução de 26% em relação a agosto de 2018, todavia, é um aumento de 93% em relação a setembro de 2017. No leite em pó desnatado as 1,59 mil toneladas internalizadas representam uma redução de 4% em relação a agosto de 2018 e de 42% em relação a setembro de 2017. Enquanto no soro, a redução mensal foi de 16%, com o volume total importado de 0,93 mil tonelada.

Quanto aos leites em pó, importante analisar às origens do produto. Recentemente, a cota de limite que a Argentina possuía para enviar leite ao Brasil foi revogada, e no acumulado do 2º semestre de 2018 (julho a setembro), a importação de leite em pó argentino subiu 57,6% em relação ao mesmo período de 2017, enquanto o produto do Uruguai (outro importante fornecedor do Brasil) retraiu 15,5% no mesmo período.

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Além disso, vale ressaltar que em setembro ocorreu um aumento de 88% na importação de manteigas (0,48 mil tonelada) e um aumento de 5% na importação de queijos (2,85 mil toneladas) ao compararmos ambos derivados com agosto de 18. Confira na Tabela 1:

Tabela 1. Balança comercial láctea em julho de 2018. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.

balança comercial láctea brasileira

Há diversas variáveis que influenciam as importações lácteas no Brasil, como a demanda e produção interna, o custo do leite pago ao produtor, o valor do Real frente a outras moedas, entre outros. Quanto ao câmbio, de fato, houve uma forte valorização do dólar recentemente, e cada dólar foi negociado a um valor superior a R$ 4,20, pautada especialmente nas incertezas político-econômicas do Brasil. Contudo, sua volatilidade é bem alta, e nos últimos dias o movimento do dólar “reverteu”, entrando em acentuada desvalorização, como ilustra o gráfico 2.

Gráfico 2. Evolução da cotação do dólar. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do BACEN.

balança comercial láctea brasileira

Figura 4

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Laerte Freitas
LAERTE FREITAS

EM 05/10/2018

Porque. Em vez de importar leite de fora do país não valorizar o produto interno ?
Qual a sua dúvida hoje?