O milho passou por correção após atingir seu maior valor em quase dez anos em Chicago na sessão da véspera. O contrato para julho, o mais negociado, caiu 0,9% (7,25 centavos de dólar), a US$ 7,9975 o bushel.
O gatilho para a realização de lucros foi a queda acentuada do petróleo no mercado internacional, que pressionou outras commodities negociadas no exterior. No caso do milho, a desvalorização do fóssil tira a competitividade do etanol produzido nos Estados Unidos, onde o biocombustível é feito majoritariamente a partir do cereal.
O mercado segue de olho nas condições climáticas para o plantio da safra 2022/23 nos EUA. O excesso de chuva e as baixas temperaturas estão retardando a semeadura no país, mas, para a DTN, o quadro deverá mudar nos próximos dias, com chuvas mais dispersas no Cinturão do Milho americano.
Segundo o USDA, o plantio do milho chegou a 4% da área estimada até a semana encerrada em 17 de abril, avanço de 2 pontos percentuais em relação à semana anterior, mas abaixo da média para o período, de 6%, e dos 7% registrados em 2021.
Soja
A queda da soja foi menos pronunciada. O contrato para julho, o mais negociado, recuou 0,09% (1,50 centavo de dólar), a US$ 16,9175 por bushel.
Durante os negócios, o USDA informou a venda de 123,6 mil toneladas de soja para “destinos desconhecidos”, o que o mercado entende ser a China. A notícia atenuou a pressão de baixa sobre as cotações. Segundo a AgResource, existe expectativa entre os operadores de que os chineses farão novas compras no decorrer dos próximos dias.
Ainda nos Estados Unidos, o USDA reportou que o plantio da safra 2022/23 de soja começou na última semana no país. Até o momento, apenas 1% da área foi semeada, ritmo inferior aos 3% do mesmo período do ano passado e da média dos últimos cinco ano, de 2%.
As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint.
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