Código Florestal: votação é adiada novamente
Depois de confirmarem acordo sobre o texto do relator negociado durante o dia, líderes do governo, do PT e do PMDB argumentaram que houve mudanças no parecer e defenderam o adiamento da votação. Após diversas interrupções durante todo o dia, a sessão extraordinária da Câmara foi reaberta às 22h05 com a defesa do texto do substitutivo ao Projeto de Lei 1.876/99 pelo relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Durante discurso na tribuna, o deputado disse que sua proposta tem o mérito de preservar as áreas de vegetação nativa e as áreas ocupadas com atividades agropecuárias. "O meio ambiente pode ser preservado sem sacrificar emprego, renda, produção de alimento e tudo aquilo que o campo nos oferece", afirmou.
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Após diversas interrupções durante todo o dia, a sessão extraordinária da Câmara foi reaberta às 22h05 com a defesa do texto do substitutivo ao Projeto de Lei 1.876/99 pelo relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Durante discurso na tribuna, o deputado disse que sua proposta tem o mérito de preservar as áreas de vegetação nativa e as áreas ocupadas com atividades agropecuárias. "O meio ambiente pode ser preservado sem sacrificar emprego, renda, produção de alimento e tudo aquilo que o campo nos oferece", afirmou.
A votação do projeto de Código Florestal (PL 1876/99) ficou para a próxima terça-feira (17), depois de os partidos da base aliada entrarem em obstrução e forçarem o encerramento da sessão a pedido do líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Apesar de elogiar o trabalho do relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Vaccarezza disse que a matéria "não poderia ser votada no escuro" e apoiou um requerimento de retirada da proposta, apresentado pelo Psol. "Sabemos da vontade individual de cada um nesse plenário, mas não quero fazer uma votação para derrotar ruralistas ou o governo. Chegamos a um impasse, mas essa votação o governo não quer fazer no escuro", afirmou.
Para o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), o governo temeu que o Plenário aprovasse uma emenda apresentada por seu partido e apoiada pela bancada ruralista. A emenda assegura a manutenção das atividades agrícolas e pastoris desenvolvidas nas áreas de preservação permanente (APPs) desmatadas até 22 de julho de 2008.
A diferença em relação ao texto de Rebelo, fruto do acordo com o governo, é que um regulamento definirá quais atividades poderão permanecer nas APPs às margens dos rios, desde que sejam enquadradas como de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto.
Ao justificar a orientação do PT pela obstrução, o líder do partido, deputado Paulo Teixeira (SP), argumentou que o texto distribuído no plenário trouxe mudanças que não eram de seu conhecimento, embora tivessem sido informadas a outros líderes. Ele citou como exemplo de alteração significativa aquela que permite a redução da reserva legal para fins de regularização, em vez da recomposição da floresta, como constava da primeira versão do texto negociado nesta quarta-feira.
Aldo Rebelo garantiu que o texto apresentado ao Plenário é exatamente o mesmo apresentado aos líderes partidários durante a tarde. "O texto que apresentei é do conhecimento dos líderes e foi redigido e corrigido pelo assessor da liderança do governo, na presença do líder do PMDB", assegurou.
Após a afirmação do relator, Paulo Teixeira reiterou que o texto havia sofrido modificações que ele ainda não conhecia. "Depois que recebemos esse texto, o próprio deputado Aldo Rebelo disse que foi modificado, e dessas mudanças eu não tive conhecimento."
O líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), orientou sua bancada pela obstrução, mas alertou que o governo deverá "aprender com a Casa" para valorizar o trabalho do relator. "Em respeito ao relator e ao presidente Marco Maia, eu mudo a orientação da minha bancada, mas, se o governo não mudar, eu não mudo mais. O PMDB não vota nada mais nesta Casa enquanto o código não for votado", disse.
O líder da Minoria, deputado Paulo Abi-ackel (PSDB-MG), classificou de "falta de razoabilidade" o pedido da liderança do governo para adiar a votação do novo Código Florestal. "Depois de uma discussão que dura mais de dois meses nesta legislatura, num ato de absoluta covardia, vem o governo querendo levar com ele todos os parlamentares que não têm nada a ver com os desencontros de uma base que não consegue se entender", sustentou.
O maior impasse nas negociações entre o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), e líderes da base e de oposição foi em relação às áreas de preservação permanente (APPs) situadas à beira de rios. Pelo texto final do relator, essas áreas serão regulamentadas por meio de decreto federal e deverão atender a três critérios básicos: ter utilidade pública, interesse social e baixo impacto ambiental.
A oposição e a bancada ruralista se manifestaram contrariamente à regulamentação por decreto. O líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), considera a prerrogativa incluída no texto uma usurpação de atribuição do Congresso. Ele classifica a transferência da prerrogativa para o Executivo como um "cheque em branco".
O coordenador da Frente Parlamentar Agropecuária, deputado Moreira Mendes (PPS-RO), também criticou esse item do acordo. "Estamos dando poder supremo ao Executivo que não conhece as realidades locais. Essa prerrogativa tinha que ter ficado com os estados", declarou.
O outro ponto divergente negociado nesta quarta-feira foi a liberação de manter reserva legal em propriedades de até quatro módulos fiscais. O governo queria que essa isenção fosse restrita aos agricultores familiares, mas cedeu às pressões ruralistas e de integrantes da própria base.
Segundo o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), essa mudança beneficiará o agronegócio, sem comprometer a preservação do meio ambiente. "Mais de 80 milhões de hectares serão beneficiados com essa mudança", declarou Heinze. Segundo ele, os avanços obtidos nas negociações são maiores do que o movimento ruralista previa.
As informações são da Agência Câmara e da CNA, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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UMUARAMA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ
EM 16/05/2011
Novas áreas serão necessárias para suprir a demanda disto tudo. Agora é só refletir um pouco retire 20% das áres produtivas do sul e sudeste, mais grande parte das do centro oeste. Só faltam 8,5 anos para chegarmos em 2020.

LONDRINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 14/05/2011
A fronteira agrícola foi significativamente ampliada, tendo como base científica a pesquisa agropecuária e a assistência técnica, de modo geral.
Da grande diversidade de sistemas agropecuários em uso, se concebe o ecossistema produtivo rural brasileiro, no qual o homem é o principal componente.
O fluxo da água na propriedade rural se constitui na principal preocupação e no objetivo maior a ser alcançado. Arborizando as nascentes das fontes d´águas, construindo açudes de contenção e conduzindo sistemas com sequência de cultivos implantados com semeadura direta é que estaremos, seguramente, proporcionando a infiltração e o armazenamento da água na lavoura.
Em resumo, as ações devem seguir uma lógica e estão exemplificadas como segue:
1 - Primeiro se relacionam os aspectos básicos para a definição das áreas florestais brasileiras, científica e tecnicamente discutidas com o rigor necessário, para depois então associá-las à produção rural.
2 - Se consideram os sistemas rurais de produção como definidores do tamanho e da necessidade de florestas, em cada uma das propriedades rurais brasileiras.
3 - Se consideram, de fato e definitivamente, os Domínios Ecológicos Brasileiros (Embrapa, ECO 92) já corretamente definidos: Cerrado do Brasil Central, Florestas e Campos Meridionais, Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Caatinga Nordestina e Pantanal Mato-grossense.
4 - As fontes d´água devem ser, sempre, protegidas com APP.
5 - Considerar a necessidade de APP nos cursos d´água para preservar a vida aquática, não havendo necessidade disso ser estabelecido para toda a extensão, em pequenos córregos.
6 - as encostas íngremes podem ter atividade rural de espécies vetais perenes, desde que as fontes de água (nascentes) sejam protegidas com APP.
7 - as várzeas e brejos férteis podem ser utilizados inclusive com culturas anuais, desde que disponham de APP nas fontes d´água.
8 - considerar o sistema de produção para definir a ARL pela regeneração natural para cada Numero do Imóvel na Receita Federal e não pelas matrículas de registro do imóvel.
9 - para considerar como ARL é somente necessário completar Florestas, onde não se cultiva espécies vegetais perenes ou semiperenes, descontadas as APP.
10 - considerar, que há necessidade de ARL, em áreas de culturas anuais com rotação ou sucessão de cultivos, com cobertura vegetal verde do solo; e na prática de semeadura direta será de 10% e nos demais casos será de 20%, em ambos os casos descontadas APP.
11 - Estabelecer critérios para "Floresta Intacta Existente" ao que exceder as necessidades de APP e ARL, permitindo o uso da mesma para exploração racional, com créditos de carbono ou qualquer outro mecanismo legal, para evitar o desmatamento de Floresta Existente na propriedade.
12 - Os banhados e os mangues devem permanecer intocados, para permitir a regeneração natural.
13 - Nas Áreas Consolidadas pela atividade rural, dar prazo de dez anos para a averbação, em cartório, da APP e da ARL para a regeneração vegetal natural.
E, finalmente:
14- A Biodiversidade das espécies animais e vegetais devem ser atribuição e esmero exclusivo dos Parques Nacionais e das áreas de Concessão de Florestas Públicas.
Sem querer admoestar ninguém, esta é a minha opinião a respeito do assunto...

SALVADOR - BAHIA
EM 13/05/2011

LAGOA DA PRATA - MINAS GERAIS
EM 13/05/2011

BELÉM - PARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 12/05/2011
não quer que passe como esta o projeto do relator Aldo Rebelo, só a própria Dilma teria esta força para não deixar coro para esta votação. Elaq fez um acordo com os ambientalistas e esta tentando manter sua moral, sem olhar para o futuro do país e os Produtores (eu disse produtores, não estou falando de idealistas). Uma verdadeira covardia ! E só Deus sabe o que deve estar ´rolando´ por de baixo dos panos, é o verdadeiro capital politico. Mas anotem os nomes dos covardes e de o troco nas próximas eleições ... pois produtor que se preza e tem o mínimo de afinidade com à classe, não vai votar nesta gente!
Um abraço

TUPI PAULISTA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 12/05/2011

ESMERALDAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 12/05/2011
Neste Pais sem patriotismo, o que vimos hoje sendo fiscalizado pelo estado é somente o meio ambiente, homens fardados e técnicos andando e processando produtores rurais. Segurando o nosso produto de diivisa, de dinheiro.
André Costa.
CARMO DA CACHOEIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ
EM 12/05/2011
Fiquei assistindo àquele CIRCO até depois da meia noite. UMA GRANDE PALHAÇADA, aliás o governo está achando que somos palhaços. Só vou lembrar aos GOVERNISTAS, que estes "palhaços", são os que vão manter EM BAIXA A INFLAÇÃO DO BRASIL; são estes "palhaços" que vão SUSTENTAR o "FOME ZERO" pois a sustentabilidade deste programa depende da produção de alimentos PRODUZIDOS por nós ,ou será que estão achando que vão conseguir "ANCORAR" O BRASIL, no progresso e desenvolvimento com as mirabulantes taxas de juros pagos ao capital estrangeiro ???!!!!!
VERGONHA BRASIL !!!
SÃO BORJA - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
EM 12/05/2011
O que foi acertado entre os líderes, que houve quase unanimidade entre todos os partidos, foi rasgado e achincalhado pelo líder do PT, que assinou o documento e depois disse que não conhecia seu teor, pelo lider do PMDB, que pediu desculpas por mudar de voto e assim se seguiu em todos os partidos da base do governo. UMA VERGONHA.
Outra coisa que parece que não esta certo é que o tempo para que se vote e se verifique o quorum regimental é ditado somente pelo presidente da casa, ou seja, quando ele deseja votar a matéria (acha que vai ganhar) demora e dá bastante tempo até atingir o número mínimo para que se proceda a votação. de outra forma, quando quer trancar a votação, aperta o botão e diz que esta encerrada a votação e consegue protelar a votação. Os deputados são reféns do presidente da mesa que detém a força de deliberar sobre o tempo dado para que se consiga o quorum regimentar. Será que é certo isso ???
CAMPOS NOVOS PAULISTA - SÃO PAULO - FRIGORÍFICOS
EM 12/05/2011