A Coca-Cola fechou um acordo para adquirir a rede de cafeterias britânica Costa por US$ 5,1 bilhões
A Costa, rival da americana Starbucks no Reino Unido, possui cerca de 4 mil lojas em 32 países e vende café em mercados e lojas de conveniência. Fundada em Londres em 1971, atualmente está expandindo sua presença na China. Em comunicado, a Coca-Cola informou que a aquisição dará à empresa uma forte presença no mercado de café na Europa, na Ásia e no Oriente Médio. A companhia já vende alguns produtos a base de café e é dona da marca japonesa Georgia. A expectativa é de que a aquisição seja concluída no primeiro semestre de 2019.
“Bebidas quentes é um dos poucos segmentos do mercado de bebidas em que a Coca-Cola não possui uma marca global. A Costa nos dará acesso a este mercado, com uma forte oferta de cafés”, disse, em nota, o diretor-presidente da companhia, James Quincey. A Costa pertence ao grupo do setor de lazer britânico Whitbread, que tinha indicado em abril a intenção de separar a divisão de café do resto de sua estrutura. O grupo informou que pretende retornar os recursos aos seus acionistas.
No ano fiscal encerrado em 1º de março, a Costa registrou receita de 1,3 bilhão de libras esterlinas e um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) 238 milhões de libras esterlinas. O interesse em operações de comercialização de café cresceu nos últimos anos.
No começo do ano, a Nestlé comprou os direitos de vender produtos da Starbucks ao redor do mundo por US$ 7 bilhões. A JAB Holdings, empresa de investimentos da bilionária da família Reimann, da Alemanha, também está expandindo sua presença na área, com a aquisição de ativos. A compra também representa o mais recente movimento de uma fabricante de refrigerantes de diversificação de portfólio.
No começo do mês, a PepsiCo comprou a israelense SodaStream International, que produz máquinas para fabricação caseira de bebidas gaseificadas, por US$ 3,2 bilhões. A própria Coca-Cola está ampliando seu portfólio, com o lançamento de 500 produtos e variantes em 2017.
As informações são do jornal Valor Econômico.