CNA: preços no mercado interno sinalizam recuperação

A expectativa em torno da recuperação dos preços do leite no mercado internacional já começa a se refletir no mercado interno. Os primeiros sinais de retomada, conforme o presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, foram observados ao longo deste mês, em plena safra, quando os valores do produto no mercado <i>spot</i>, em Goiás, segunda maior bacia leiteira do País, subiram em torno de R$ 0,10/litro.

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A expectativa em torno da recuperação dos preços do leite no mercado internacional já começa a se refletir no mercado interno. Os primeiros sinais de retomada, conforme o presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, foram observados ao longo deste mês, em plena safra, quando os valores do produto no mercado spot, em Goiás, segunda maior bacia leiteira do País, subiram em torno de R$ 0,10/litro. Em Minas, a valorização atingiu de cinco a seis centavos por litro.

O resultado pode ser atribuído à melhoria das cotações no mercado internacional e ao incremento da demanda por parte das indústrias. "Quando há recuperação de mercado e há necessidade de matéria-prima, as cotações do spot reagem. É o que está acontecendo neste momento", explicou Alvim.

O último levantamento divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em dezembro, apontou uma queda de 5,45% na média nacional dos preços pagos aos produtores de leite, referentes à produção entregue em novembro. A média considera sete estados (MG, RS, SP, PR, GO, BA e SC) e atingiu R$ 0,6024/litro. De agosto a dezembro, houve queda de 17,2 centavos por litro. Entretanto, conforme o próprio Cepea, a tendência baixista poderia se encerrar em janeiro, caso seja mantida a sazonalidade típica.

As sinalizações, conforme o presidente da Comissão de Pecuária de Leite da CNA, confirmam as perspectivas de que o setor de Alimentos e, dentro dele o segmento de lácteos, se recuperaria mais rápido do que outros, após a crise financeira internacional. Além disso, é um alento para o setor que fechou o ano passado com o primeiro déficit na balança comercial de lácteos em cinco anos.

Dados da Comissão de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgados ontem, apontam que no acumulado do ano, na comparação com 2008, a receita com as exportações de produtos lácteos caiu 69,2%, para US$ 166,8 milhões, sendo que o volume vendido foi 53,5% menor, de 69,1 mil toneladas. Em contrapartida, as importações subiram 24,2%, para US$ 264,8 milhões, com um crescimento de 70,9% no volume, de 133,1 mil toneladas. Com isso, o saldo da balança comercial passou de um superávit de US$ 328,4 milhões em 2008, para um déficit de US$ 98 milhões no ano passado.

Grande parte deste resultado foi influenciada pela entrada expressiva de leite em pó proveniente da Argentina e do Uruguai no País, a preços abaixo do mercado internacional, nos primeiros quatro meses de 2009. Um compromisso foi firmado no final de abril entre os pecuaristas brasileiros e o Centro da Indústria Leiteira Argentina, para limitar as exportações do produto em pó para o Brasil em até 2,5 mil toneladas por mês entre abril até dezembro. Da mesma forma, desde abril do ano passado está em vigor o sistema de licenças não automáticas para importações de leite em pó do Uruguai. Os dois países responderam por 88% do volume de importações de leite pelo Brasil.

As informações são da Agência Estado, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Wilson Mendes Ruas
WILSON MENDES RUAS

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 03/02/2010

Com o dolar desvalorizado em relação ao real, acredito ser pouco provável uma recuperação de preço do leite para o produtor. É um mercado pouco previsível. Acredito mais nas minhas observações e experiências ao longo dos meus 15 anos de produtor. Fatores climáticos, desfavoráveis à produção conjugado com alguma dificuldade de importação, sempre contribuem para a melhoria do preço ao produtor, já que o dolar, nos niveis atuais não oferece uma significativa alavancagem ao mercado interno, a não ser que os preços internacionais atinjam a estratosfera. A prevalecer a atual situação climática, o preço do leite pago ao produtor deve continuar sua tendência de alta, já iniciada a partir da produção de janeiro último.

Wilson Mendes Ruas
Produtor de Leite
Homilton Narcizo da silva
HOMILTON NARCIZO DA SILVA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/01/2010

Inversão de preços na contramão da realidade do leite: Quando é para cair os preços ao produtor, despenca de uma só vez 8,10 centavos e até mais, mas os preços no super mercado so começam a cair quando os preços ao produtoe esta no fundo do poço, mas ao contrario, quando começam falar em reação, os preços ao consumidor já vai la pelas alturas, resumindo, os preços sobem lentamento ao produtor as veses em 2 ou 3 centavos por vez., enquanto para o consumidor já esta no maximo. Esta é a relidade do leite.
Abraços, Homilton
Marcos Antonio Rodrigues
MARCOS ANTONIO RODRIGUES

GOIÁS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 28/01/2010

É só começar a reagir, que logo a produção aumenta. Ai é esperar, que o preço como todos os anos começa a despencar.
Será que este ano vamos ter melhores preços, e uma maior estabilidade?














































Eduardo Amorim
EDUARDO AMORIM

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/01/2010

Prezados companheiros(as) produtores,


Espero que seja uma recuperação consistente e que chegue até nossas salas de ordenha e não fique restrita somente as indústrias.

Eduardo Amorim
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