CNA é contra estatal para produção de fertilizantes
A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, disse ontem (24) que a entidade é contra a criação de uma estatal para controlar a extração e a produção de fertilizantes, como vem sendo estudado pelo governo federal. "Somos a favor do marco regulatório, de uma regulação justa, independente, mas sem a necessidade de uma estatal", comentou ela.
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Para ela, a nova empresa apenas "inchará ainda mais a máquina estatal". "Somos a favor do marco regulatório, de uma regulação justa, independente, mas sem a necessidade de uma estatal", comentou Kátia Abreu.
Ela afirmou concordar com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, quando ele diz que várias empresas "sentam" em cima de jazidas de minério e não a exploram. "A livre iniciativa tem que ter segurança jurídica, mas isso não pode servir para atrapalhar o desenvolvimento do país", afirmou a presidente da CNA.
Stephanes voltou a dizer que a nova estatal, que será especificada no projeto que seu ministério e o de Minas e Energia entregarão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o final de março, terá uma "estrutura pequena, enxuta". Ele explicou que está sendo elaborada uma legislação específica para a exploração de minerais destinados à produção de fertilizantes.
Com o marco regulatório, a meta do governo é que em cerca de 10 anos o país possa atingir a autossuficiência na produção de potássio, fósforo e nitrogenados - principais componentes das misturas de fertilizantes. Staphanes disse ainda que a empresa terá como modelo a Petro-Sal, estatal que vai gerir os contratos para a comercialização de petróleo e gás natural da União.
O ministro da Agricultura também disse que a comercialização dos produtos continuará nas mãos do mercado, como acontece hoje. "Apesar de não atuar nestas áreas, esta instituição poderá indicar empresas mistas participantes do processo", disse.
As informações são do jornal Brasil Econômico e Agência Estado, resumidas e adaptada pela equipe AgriPoint.
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AREIÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 01/03/2010
No Brasil, as grandes "privatizações" foram feitas c/ dinheiro do BNDES e dos fundos de pensão, principalmente das empresas públicas e ficou a impressão que eramos liberais.
No Brasil ainda existem aqueles que acham que o Estado está aí somente para salvar as grandes corporações quando essas apresentam riscos causados por mal gerenciamento (como aliás está acontecendo agora nos USA e já aconteceu aquí).
No Brasil ter um Estado que intervem para acirrar a concorrência é considerada uma atitude "esquerdista".
Não concordo com a senadora Kátia Abreu.
Não acho que estamos caminhando para uma futura Venezuela.
Não considero, c/o já ressaltei várias vezes que, o PNDH3 seja um retrocesso.
Tempos novos exigem novas abordagens.
Pessoal, vamos ter uma visão mais moderna!!!
DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 26/02/2010
Mas com a compra da Bunge Fertilizantes pela Vale descobrimos o terceiro melhor negócio que é consolidar o maior monopólio de fertilizantes do Brasil e, nas barbas do CADE, aumentar 30% o valor do fosfato no dia seguinte sem pestanejar, com reflexos imediatos em toda a cadeia de fertilizantes e minerais alimentares.
Desse jeito fica fácil tocar qualquer negócio; cartas marcadas e margem "administrada" resolvem qualquer contratempo.
A pérola governamental vem a seguir ao sugerir esse elefante branco para tomar conta do monopólio, diga-se, autorizado pelo próprio governo. Não vejo melhor definição de cartel a la Hugo Chavez do que isso. Ganhou do do PNDH3.

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 26/02/2010
Walter

ALEGRETE - RIO GRANDE DO SUL
EM 25/02/2010
Com relação a possibilidade da criação de uma estatal no setor de fertilizantes, penso que a Senadora poderá estar cometendo um equívoco. Uma estatal nesse setor irá ajudar a regular o fornecimento desses inssumos, uma vez que estamos nas mãos das multinacionais. Não podemos cair na ideia de criação de agências reguladoras, porque ela só atendem os interesses das empresas e não dos consumidores, vejamos os exemplos da ANTT, ANAC, ANATEL etc., se preocupam em resguardar ganhos para os grandes conglomerados e muito pouco fazer para proteger aqueles que usam os serviços e pagam a conta.