CNA alerta para déficit de US$ 7,4 mi na balança

A balança comercial de lácteos fechou o mês de agosto com déficit de US$ 7,4 milhões, apontou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), segundo dados do MDIC. Apesar do resultado ter sido novamente negativo no mês passado, o déficit de agosto é o segundo menor do ano, o que reflete a redução no ritmo das importações.

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A balança comercial de lácteos fechou o mês de agosto com déficit de US$ 7,4 milhões, apontou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O valor é resultado da diferença entre US$ 17,5 milhões gastos com as importações e US$ 10,1 milhões obtidos com as exportações.

Apesar do resultado ter sido novamente negativo no mês passado, o déficit de agosto é o segundo menor do ano, o que reflete a redução no ritmo das importações. Em agosto, as aquisições de outros países caíram 39% na comparação com o resultado do julho. As importações de leite em pó, soro de leite e queijo foram as que mais caíram.

O déficit da balança comercial de lácteos no ano preocupa o setor leiteiro. Segundo o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, o déficit na balança comercial de lácteos é de US$ 93,2 milhões, no acumulado de 2010 até agosto, o que representa 66,4% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. Na sua avaliação, as importações em 2010, de US$ 192,6 milhões até agora, foram realizadas a preços maiores do que em 2009, reflexo da valorização dos produtos lácteos no mercado internacional.

Para Alvim, o cenário ideal seria a volta dos saldos positivos na balança comercial. Contudo, mesmo com os preços atraentes no mercado internacional, o Brasil não tem sido favorecido nas vendas externas. Em agosto, a receita cambial obtida com as exportações foi a menor do ano: US$ 10,1 milhões. No acumulado até agosto, as exportações renderam US$ 99,4 milhões, 18,1% a menos do que no mesmo período de 2009. "Os preços atraentes das commodities lácteas ainda não atingiram valores suficientes para o Brasil retomar suas exportações, principalmente por causa da desvalorização do dólar frente ao real", explica Alvim.

Mercado interno

Alvim também espera a reação dos preços no mercado interno, em consequência da estiagem que atinge as principais bacias leiteiras do País, que provoca a redução da oferta. Este ano, no entanto, mesmo na época da entressafra, quando os preços do leite costumam subir devido à queda de produção, os preços pagos aos pecuaristas permaneceram baixos. Em agosto, o valor pago ao produtor ficou na média de R$ 0,6918 o litro, abaixo do verificado no mesmo mês nos três últimos anos. "Não há mais espaço para queda. Com demanda aquecida, menos importação e menos oferta, não há mais justificativa para o preço continuar caindo", enfatiza Alvim.

As informações são da CNA, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.


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DARLANI  PORCARO
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/09/2010

E COMPLICADO ESSE MERCADO, OS LATICINIOS PREFEREM FICAR SEM LEITE , DO QUE AUMENTAR O VALOR DO LITRO DE LEITE , AINDA MAIS AO PEQUENO PRODUTOR, POIS O MAIOR , ESTÁ RECEBENDO NA FAIXA DE 0,70 Á 0,75 CENTAVOS, O SEU LEITE. ISTO QUER DIZER , OS MENORES ESTÃO BANCANDO OS MAIORES E LEVANDO MAIS TINTA , OU SEJA , ESTÁ PAGANDO CARO PRÁ TIRAR SEU LEITE, POIS O PESO É GRANDE. O GOVERNO NA ANSIA DE TER O LEITE Á PREÇO BARATO , NÃO ESTÁ MEDINDO ÁS POSSIVEIS CONSEQUENCIAS, E O MENOR CONTINUA TENDO O PREÇO DO SEU LEITE CADA VEZ MAIS BAIXO, NA MÉDIA DE DE 0,55 CENTAVOS.
Qual a sua dúvida hoje?