China quer tecnologia e experiência australiana

As oportunidades no mercado chinês para os produtos lácteos da Austrália vão bem além das importações de leite em pó e de novilhas. O gigante asiático agora está solicitando tecnologia do setor de lácteos, know-how de produção e gerentes experientes na produção leiteira. A indústria de lácteos chinesa esta oferecendo ajuda para que as companhias rurais australianas fundem empresas lácteas na China para, então, comprar seu leite.

Essa foi a atraente mensagem de empresas leiteiras líderes da China que participaram da Conferência Australiana de Lácteos 2010 na semana passada, em Wollongong, localizada na costa leste australiana. O gerente geral de equipamentos lácteos e consultoria da companhia chinesa East Rock Limited, Su (James) Hao, disse que viu um enorme potencial para os australianos se beneficiarem da crescente demanda por lácteos em um país de 1,3 bilhão de pessoas.

A crescente taxa de importações de novilhas da Austrália e da Nova Zelândia atingiu números de triplos dígitos no ano passado, com 45.000 cabeças compradas, enquanto as importações de leite em pó aumentaram 144,28%. "A demanda só tende a aumentar", enfatizou Hao.

Entretanto, um escândalo de contaminação de leite com melamina onde bebês morreram após consumir fórmulas lácteas no final de 2008 quase destruiu a frágil indústria chinesa. "A infraestrutura dentro da indústria é fragmentada e ainda levará tempo antes que se possa oferecer um produto confiável e saudável, de forma que há oportunidade para a Austrália preencher essa lacuna. A China está buscando tecnologia de indústrias de lácteos desenvolvidas para fazer isso - bons celeiros, infraestrutura para deixar as vacas confortáveis, processamento de dejetos, ventilação, refrigeração".

Hao foi porta voz no encontro, do gerente sênior da Yili Group, maior fornecedora de alimentos lácteos da China, com vendas estimadas em mais de US$ 3,9 milhões em 2009.

As informações são do The Land, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.