China: mais 4 são presos por contaminação do leite

A polícia prendeu quatro pessoas no norte da China por causa de novas descobertas de produtos lácteos contaminados com melamina, o mesmo composto químico responsável por seis mortes em 2008. As quatro pessoas estavam envolvidas na indústria de lácteos na cidade de Weinan, província de Shaanxi, e enfrentarão acusações de "fabricação e venda de alimentos que não cumprem com os padrões de higiene".

As prisões foram feitas em meio a notícias de que produtos contaminados que supostamente tinham sido destruídos depois do escândalo de 2008 foram recolocados no mercado. Três dessas pessoas presas em Shaanxi eram oficiais da Lekang Dairy Co. A companhia estava na lista dos envolvidos no escândalo de 2008. Os suspeitos foram identificados como gerente geral da Lekang Dairy, Zhang Wenxue, e os vice-gerentes gerais, hu Shuming e Tong Tianhu. A quarta pessoa presa foi o comerciante de leite em pó, Ma Shuanglin, que vendeu 10 toneladas de leite em pó Lekang vencido em setembro e outubro de 2009. Ele comprou o leite em pó em abril de 2008, meses antes do escândalo estourar. O produto deveria ter sido descartado pela determinação do Governo, feita após o escândalo, de que todo leite em pó com excesso de melamina fabricado antes de 14 de setembro de 2008 deveria ser destruído.

O escândalo de 2008 levou à remoção de produtos contendo lácteos chineses das prateleiras de todo o mundo. Um total de 21 pessoas foi condenado pelo ocorrido, com dois tendo sido executados e outros com sentença de prisão. No entanto, novos casos têm surgido recentemente. Na semana passada, o China Daily reportou que as autoridades da província de Guizhou encontraram produtos feitos por três companhias chinesas contendo altos níveis de melamina. Os produtos foram recolhidos.

No começo de janeiro, foi divulgado que a empresa Shanghai Panda Dairy foi fechada novamente por causa do leite contaminado com melamina. A companhia estava na lista das empresas envolvidas no escândalo de 2008, mas teve permissão para reabrir. Três executivos da companhia passarão por julgamento no próximo mês sob acusações de fabricar e vender produtos perigosos.

A reportagem é da Agence France-Presse (AFP), adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.