Chile: indústrias começam recuperação após terremoto

Muitos produtores de leite da Sétima e Oitava regiões do Chile tiveram que descartar milhares de litros de leite, em razão da falta de eletricidade e combustível, que não lhes permitiu manter o produto em seus estabelecimentos diante da impossibilidade de processamento. Grandes empresas como Nestlé e Soprole sofreram consequências na estrutura de suas fábricas devido ao terremoto que atingiu o país.

No caso da Nestlé, que possui instalações em Osorno, foi tomada a decisão de transferir os 170 mil litros de leite que diariamente eram processados em Los Angeles para as plantas de Llanquihue e Osorno.

"Estamos recebendo a ajuda de empresas amigas - Colun e Surlat -, pois as plantas que temos no sul não têm capacidade de processar todo esse leite. Por causa do terremoto, a recepção caiu de 180 mil para 140 mil litros. Atualmente, estamos enviando ao sul 173 mil litros de leite diários", disse o gerente de Política e Estratégia Leiteira da Nestlé do Chile, Claudio Sarah. "Todos os custos que implicam em enviar o leite ao sul não estão sendo repassados aos produtores".

Ele disse que espera que as instalações da Nestlé na Oitava Região voltem a operar até o final desse mês e que, apesar de ainda não ter sido definida a quantidade de dinheiro que será necessária para a reconstrução da fábrica, considera que será da ordem de milhões de dólares. A Nestlé também sofreu danos em suas instalações em Concepción e Santiago.

Por sua vez, as plantas da Soprole e de sua filial, Prolesur, estão captando leite normalmente. Apesar da fábrica localizada em Los Angeles ter tido inconvenientes que impediram sua operação normal durante os primeiros dias, a mesma não deixou de receber leite. Enquanto esteve impossibilitada, o leite recebido foi transferido às plantas do sul, localizadas em Osorno e Los Lagos.

A reportagem é do El Diario Austral, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.