Centroleite: presidente comenta fusão de cooperativas

O presidente da Centroleite e conselheiro do Sistema OCB/SESCOOP-GO, Haroldo Max de Sousa, disse que a megafusão que vem sendo negociada por cinco cooperativas do setor lácteo brasileiro é "oportunidade única de agregar valor à atividade leiteira dos produtores cooperados". Além da Centroleite, integram a negociação as cooperativas mineiras Itambé, Cemil e Minas Leite e a paranaense Confepar.

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O presidente da Centroleite e conselheiro do Sistema OCB/SESCOOP-GO, Haroldo Max de Sousa, disse que a megafusão que vem sendo negociada por cinco cooperativas do setor lácteo brasileiro é "oportunidade única de agregar valor à atividade leiteira dos produtores cooperados".

Além da Centroleite, integram a negociação as cooperativas mineiras Itambé, Cemil e Minas Leite e a paranaense Confepar. A fusão deve originar a NCL (Nova Central de Lácteos), nome provisório da união de operações que reunirá cerca de sete milhões de litros de leite por dia de 40 mil produtores ligados a 83 cooperativas nos três estados. Segundo Max de Sousa, as negociações para a união cooperativista no leite são antigas, mas só avançaram nos últimos meses com o crescimento do cenário de fusões e incorporações no agronegócio brasileiro e mundial.

O modelo que vem sendo desenhado para NCL tem inspiração nas fusões cooperativistas realizadas nos Estados Unidos (com a criação da DFA - Dairy Farmers of America) e na Oceania (com a neozelandesa Fonterra, uma das maiores empresas lácteas do mundo). O presidente da Centroleite diz ainda que a união de esforços vem sendo repensada no setor também em virtude do acirramento da competitividade no mercado lácteo nacional. "Há 20 anos, mais de 60% do leite produzido no país era oriundo de cooperativas e esse número hoje não passa de 40%, num claro sinal de que estamos perdendo terreno nesse negócio, somado a outros fatores conjunturais", disse. O modelo do negócio que deverá ter um faturamento de cerca de R$ 4 bilhões anuais não está concluído.

Conforme informou Max de Sousa, o processo está sendo liderado pela Ocemg com reuniões coordenadas por Fábio Chaddad, professor da Universidade de Missouri (EUA), especialista em fusões do gênero pelo mundo. A empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers também foi contratada para auxiliar no desenho final do negócio.

O presidente da Centroleite informa que não há previsão de conclusão da proposta e faz um apelo aos dirigentes cooperativistas sobre o projeto. "Acho que é o momento de nossas lideranças cooperativistas do leite abrir mão de vaidades pessoais e erguer os olhos para o horizonte. Precisamos acreditar nessa proposta de aglutinação e envidar todos os esforços para que ela ocorra e para que não sejamos julgados pelas gerações futuras pela não concretização dessa clara oportunidade de agregar valor à atividade leiteira de nossos cooperados", afirmou.

As informações são da assessoria de Comunicação da OCB-GO, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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maria terezinha cardoso brandão
MARIA TEREZINHA CARDOSO BRANDÃO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/02/2010

Sérgio Luíz


Sinceramente espero que esta fusão esteja realmente objetivando o fortalecimento tanto da empresa como do produtor, pois, o que sempre acontece é que o interesse da empresa e de seus dirigentes nunca é o produtor, que se encontra quase na linha da pobreza.Entretanto, o apego ao poder e aos altos salários auferidos pelas diretorias de nossas centrais(em detrimento da péssima remuneração ao produtor), será certamente um forte entrave.Será esta a chance de nossa classe?
Kenio Patrick Aza
KENIO PATRICK AZA

PIUMHI - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/02/2010

Prezado Luiz Sergio,


Parabens pelo seu comentario.
Acompanho de perto o movimento destes "abutres" em minha região. O que fazemos na cooperativa é levar o projeto balde cheio ás propriedades e mostrar que 5 centavos em litro não resolve o problema de nimgém. Concordo que toda fusão é bem vinda, desde que beneficie direta ou indiretamente o produtor.
Eduardo Fonseca Portugal
EDUARDO FONSECA PORTUGAL

MARECHAL CÂNDIDO RONDON - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/01/2010

Srs,
Penso que a iniciativa é antes de tudo,prudente.A saúde de algumas cooperativas é flutuante.o que levou a coragem de achar na união, a saída para suprir dificuldades,reduzir custos,se posicionar melhor com seus produtos no mercado nacional. Mas,precisamos melhorar os programas de qualidade de leite,ainda é utópico achar que produtos de valor agregado(de qualidade questionável) vão atingir consumidores do mercado internacional.Continuamos a contar com as mesmas comodites,que deixa uma margem mt pequena para o repasse ao nosso sofrido produtor de leite.O primeiro passo foi dado,cabe torcermos para que esta iniciativa dê certo,e mais tarde sirva de exemplo para despertar interesse de novas adesões,que concerteza haverá um grande ganho para o elo mais fraco da cadeia...o produtor de leite! Sucesso a todos! Sds,Portugal.
Luiz Sergio da Silva
LUIZ SERGIO DA SILVA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/01/2010

como fica os pequenos produtores neste projeto? Espero que esta fusão venha a ajudar as pequenas propriedades que estão morrendo depedendo dos "queijeiros" verdadeiros abutres que lucram cada vez mais com o atual formato das cooperativas.
Marcos Ramos de Oliveira
MARCOS RAMOS DE OLIVEIRA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/01/2010

De 2003 a 2010, com o esforço de muitos dirigentes e com o apoio decisivo, entre eles do SEBRAE Minas, pelo lado da Minas Leite essa semente foi lançada, germinou e frutificou - Pontal Leite no Triângulo Mineiro - e agora os desafios são maiores, estendendo-se para outras mineiras - Itambé e Cemil - e outros estados - Goiás e Paraná - estes também com iniciativas importantes similares. Estamos no começo, porém um início promissor, caso a perseverança mostrada até aqui seja potencializada nesse grupo maior. A possível aglutinação é prova de que quando os homens atuam com competência e racionalidade, acima de seus interesses meramente individuais, os benefícios futuros podem ser planejados com mais segurança no sentido de atingirem um grupo cada vez maior de pessoas - produtores rurais em especial - fortalecendo e transformando todo um setor de atuação. Quando estamos comprometidos com a causa sabemos que muito está em nossas mãos aumentando, portanto, nossa responsabilidade. Vamos que vamos!
ADÃONETE RODRIGUES DE AAQUINO
ADÃONETE RODRIGUES DE AAQUINO

SANTA VITÓRIA - MINAS GERAIS

EM 26/01/2010

Sou cooperado de uma cooperativa e funcionário, pabenizo a OCEMG pela esta iniciativa, sem dúvida, vai ser a mais importante a ação da OCEMG, para salvar as cooperativas, principalmente as pequenas, que esta sendo massacrada pelos concorrentes. A exemplo que nos chegomos a capitar 50.000 l dia, hoje estamos com 18.000 litros. Esta fusão tem que ser mais rápida possível. Mais uma vez parabéns pela iniciativa da fusão, sem dúvida, será salvação das cooperativas de leite e fortalicmento do cooperativismo no Brasil.
SILVAN ANTONIO DOS SANTOS
SILVAN ANTONIO DOS SANTOS

CAMPINA VERDE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/01/2010

É gratifiante ver o sonho de milhares de cooperados se tornar realidade. Parabenizo a iniciativa desses valorozos dirigentes de centrais (Max, Manuelito e outros tantos abnegados) que estão buscando a redenção do produtor de leite. Tal iniciativa só tera sucesso se o produtor tambem se conscientizar que deve buscar o fortalecimento da cooperativa de seu municipio. Sejam perseverantes e não desanimem perante os muitos obstaculos que irão com toda certeza aparecer.
Wilson Mendes Ruas
WILSON MENDES RUAS

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 25/01/2010

Parabéns à iniciativa dos citados dirigentes dessas Centrais. Contudo só vendo para crer, pois o sistema cooperativista brasileiro ainda é dominado pelo ranço do arcaismo. Suas gestões eternizam no poder, salvo poucas excessões. Dessa forma
a proposta só me parece viavel, se as vaidades e interesses pessoais dos detentores do poder forem definitivamente colocadas de lado. Fui Gerente de planejamento em uma Central de Cooperativas de Crédito em Minas, por 10 anos e lidei com projetos de união de cooperativas, visando o seu fortalecimento e, por mais bem fundamentados que fossem não conseguiam transpor as muralhas de vaidades e sêde de poder dos dirigentes e até mesmo, corpo de funcionários, e porque não falar dos próprios associados que não queriam perder o "poder" que sua cooperativinha local lhe conferem. Falta cultura associativista e visão do negócio. Não são poucas as cooperativas que sobrevivem à custa do esforço de seus dirigentes e corpo de funcionários, como se aquilo fosse um negócio desse grupo. Se quisermos construir um cooperativismo forte no Brasil, precisamos destruir esses valores, que contrariam os objetivos do associativismo puro e saudável.
Ubiratan Tavares
UBIRATAN TAVARES

UNAÍ - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/01/2010

Esta fusão deve ser feita o mais breve. Concordo com presidente da Centroleite sobre os lideres cooperativista abri mão da vaidade.
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/01/2010

Parabenizo Max, Jacques e todos os demais envolvidos neste grande passo rumo a um futuro mais promissor e profissional para o setor.
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/01/2010

Tomara que o modelo seja realmente o utilizado nas cooperativas neozelandesas e não nas nossas centrais fracassadas pela má administração e favorecimento pessoal no passado, como a CCPL dentre outras.
Henrique Costales Junqueira
HENRIQUE COSTALES JUNQUEIRA

CASTRO - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/01/2010

Prezado José Humberto.

Concordo com o seu posicionamento. Hoje tenho acumulada a experiência por passar em duas cooperativas e duas multinacionais do setor lácteo. Entendo hoje melhor as oportunidades e os riscos do cooperativismo. Minha torcida é de que o processo de fusão em negociação seja concretizado e com sucesso, que as vaidades citadas por Max de Sousa, se existem, sejam substituídas pelo profissionalismo, determinação, persistência e pela visão dos idealizadores desse processo. Mais uma vez, publicamente, faço votos de sucesso nessa empreitada.
José Humberto Alves dos Santos
JOSÉ HUMBERTO ALVES DOS SANTOS

AREIÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/01/2010

Acho que o ano começa muito bem.
O fortalecimento do sistema cooperativo, com profissionalismo e voltado para a valorização do produto vai por consequencia beneficiar o produtor.
Que o exemplo seja seguido por todas as Cooperativas de Leite.
Qual a sua dúvida hoje?