Cemil não integrará o projeto de fusão de cooperativas

A Cooperativa Central Mineira de Laticínios (Cemil) não integrará o projeto de fusão das operações das mineiras Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR/Itambé) e Minas Leite, a Centroleite/GO e a Confepar/PR. O principal motivo atribuído para a desistência do projeto é a participação reduzida que a cooperativa teria no megagrupo.

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A Cooperativa Central Mineira de Laticínios (Cemil) não integrará o projeto de fusão das operações das mineiras Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR/Itambé) e Minas Leite, a Centroleite/GO e a Confepar/PR. O principal motivo atribuído para a desistência do projeto é a participação reduzida que a cooperativa teria no megagrupo.

De acordo com o presidente da Cemil, João Bosco Ferreira, a proposta apresentada para a concretização da fusão não atendeu às expectativas da cooperativa. O dirigente afirmou que o projeto será mantido pelas demais empresas. A participação que a Cemil teria no projeto não foi informada por Ferreira.

"Desistimos da união das operações devido à participação muito pequena que teríamos. A prioridade agora serão os investimentos na ampliação do mix e da capacidade produtiva. Depois dos projetos concretizados poderemos voltar a planejar novas aglutinações", disse Ferreira.

Os projetos da Cemil para ampliar a atuação no mercado já estão em andamento. Ao todo serão investidos R$ 85 milhões, entre 2010 e 2012, o objetivo é incrementar a capacidade produtiva e exportar leite em pó. Uma das intervenções é a obra de expansão da planta de beneficiamento da cooperativa, em Patos de Minas/MG, no Alto Paranaíba, que está orçada em R$ 45 milhões.

Mesmo apresentando recuo de 20% no faturamento ao longo do primeiro semestre, os planos de expansão serão mantidos. De acordo com o presidente da Cemil, a queda registrada no faturamento, cujo valor não foi informado, se deve à lenta recuperação dos preços do leite em pó e de outros produtos lácteos no mercado internacional, o que provocou aumento da oferta no mercado interno. Com os baixos preços praticados no exterior, as indústrias exportadoras ainda não retomaram os volumes de vendas registrados no período pré-crise e optaram por comercializar o produto no mercado interno. O aumento da oferta contribuiu para a redução dos valores do leite.

Expansão

A aposta da Cemil para recuperar a rentabilidade é na ampliação do mix de produtos. A expansão da planta da empresa tem como objetivo a produção de leite condensado e posteriormente de leite em pó, que apresentam maior valor agregado.

O investimento na unidade de Patos de Minas será dividida em duas fases. Em princípio, a planta irá produzir leite condensado e a capacidade de captação de leite será duplicada, atualmente em 400 mil litros de leite por dia. Após a conclusão da primeira fase haverá uma adaptação da indústria para a fabricação de leite em pó.

O segundo projeto da cooperativa para expandir a atuação é a construção de uma planta para o processamento de 200 mil litros de leite diários em Caruaru/PE. O projeto está em desenvolvimento e as obras estão previstas para início de 2011. O investimento estimado é de R$ 40 milhões.

As informações são do Diário do Comércio/MG, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.


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Marcos Teixeira da Silva
MARCOS TEIXEIRA DA SILVA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 22/07/2010

NA MINHA VISÃO O PROCESSO DE FUSÃO DAS COOPERATIVAS É FRÁGIL, VISTO QUE TODAS POSSUEM MODELO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA MUITO COMPLEXO.
ACREDITO QUE O FUTURO DAS GRANDES COOPERATIVAS DE LEITE, SEJA PARAR NAS MÃOS DE EMPRESAS PRIVADAS. TALVEZ, ISSO POSSA ANTECIPAR OS GANHOS DE PRODUTIVIDADE NA CADEIA DO LEITE, JA QUE OS PRODUTOS SE SENTIRÃO MAIS PRESSIONAIS A PRODUZIR MAIS LEITE, COM RECURSOS OTIMIZADOS.
Marcos Teixeira da Silva
MARCOS TEIXEIRA DA SILVA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 22/07/2010

Os planos da Cemil são insconsistentes. O mercado de leite condensado talvez seja hoje um dos menos rentáveis do setor lácteo. A guerra de preços engoliu a margem de contribuição de todos os players. Montar uma planta para exportar é outra estratégia arriscada, visto que o país não consegue produzir leite cru a um custo competitivo para exportar. A taxa de câmbio aliado a instabilidade dos preços do mercado internacional é outro fator desestimulante, em síntese, na minha opinião, a Cemil possui uma estratégia frágil.
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