CE: preço ao produtor sofre redução de 35%

Pequenos e médios produtores da maior bacia leiteira do Ceará apostam em barreiras econômica e sanitária como solução para a maior crise financeira enfrentada pelo setor no Estado. O litro do leite "in natura" caiu quase 35% em Quixeramobim. Está sendo comprado pelos usineiros a R$ 0,47. Antes, valia R$ 0,72 segundo reclama o presidente da Associação dos Agropecuaristas do Sertão Central (Aasec), Carlos Elói.

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Pequenos e médios produtores da maior bacia leiteira do Ceará apostam em barreiras econômica e sanitária como solução para a maior crise financeira enfrentada pelo setor no Estado. O litro do leite "in natura" caiu quase 35% em Quixeramobim. Está sendo comprado pelos usineiros a R$ 0,47. Antes, valia R$ 0,72 segundo reclama o presidente da Associação dos Agropecuaristas do Sertão Central (Aasec), Carlos Elói. Em nome de mais de 100 associados, ele reivindica intervenção da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) e Secretaria da Fazenda do Estado.

Segundo o líder classista, sem o auxílio governamental a crise poderá se acentuar ainda mais. Ele compara o colapso leiteiro à queda do algodão, nos anos 80, com a praga do bicudo. As plantações da região foram dizimadas. Para Elói, o revés no preço do leite bovino se deve à remessa excessiva da matéria-prima de outros Estados, principalmente do Pará. As usinas do Ceará estão "abarrotadas" de leite. Para piorar ainda mais a situação, estoques de leite Longa Vida, com lotes prestes a vencer, estão sendo despejados pelos Estados do Sul, principalmente o Paraná, dentro do mercado cearense.

Embora temporariamente esteja tirando vantagem, futuramente o consumidor poderá amargar os efeitos do benefício. Desestimulados, os produtores cearenses poderão partir para outras atividades do campo, como aconteceu com o algodão. Sem equilíbrio no estoque, o leite vai subir e pode até faltar. Pensando nessas possibilidades, representantes da Aasec se reuniram com o titular da SDA, Camilo Santana. O presidente da Ematerce, José Maria Pimenta, e lideranças políticas também participaram do encontro. Surgiu a proposta de tributação do produto lácteo em 17%. Falta a apreciação do secretário da Fazenda, Mauro Benevides.

Na opinião do agropecuarista, usineiro e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Quixeramobim, Cirilo Vidal, além do imposto, cobrado somente dos outros Estados, a ampliação de distribuição do leite no Fome Zero no Ceará pode auxiliar significativamente na solução do problema. De acordo com Vidal, no Ceará são distribuídos, no máximo, 30 mil litros por dia. Para ele, a demanda poderia triplicar, com a ampliação do programa federal no Estado. Cita como exemplo o Rio Grande do Norte. Embora menor, distribui 136 mil/l dia. Na Paraíba são 110 mil e no Piauí, 80 mil.

As informações são da Associação dos Agropecuaristas do Sertão Central, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Fernando Melgaço
FERNANDO MELGAÇO

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 18/02/2010

Estou de pleno acordo com o Sr.Cirilo Vidal,que defende o incremento do Programa Fome Zero no Ceará.Acho que a distribuição de 30.000 litros para um
Estado daquele tamanho é muito pouco.Todos que lêem o que escrevo,sabem que sou um ardente defensor do leite como alimento,mormente para as crianças após o desmame.Por isso,acho que todos os programas de distribuião de leite são bem vindos e precisam ser ampliados e melhorados.Programas assim,têm dupla finalidade,pois melhoram muito a nutrição das crianças e podem ajudar na melhoria dos preços pago aos produtores.

Atenciosamente,
Fernando Melgaço.
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