Câmara Setorial discute restrições da UE a importações

O protecionismo dos países europeus contra as importações de leite e derivados foi tema de debate ontem (1º) em reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Setor Lácteo. O presidente do colegiado, Rodrigo Sant´anna Alvim, representante da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), afirmou que o objetivo é encontrar saídas para estabelecer um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE).

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O protecionismo dos países europeus contra as importações de leite e derivados foi tema de debate ontem (1º) em reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Setor Lácteo. O presidente do colegiado, Rodrigo Sant'anna Alvim, representante da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), afirmou que o objetivo é encontrar saídas para estabelecer um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE).

"O mercado de lácteos é muito imperfeito e os produtos brasileiros e do Mercosul como um todo precisam vencer dificuldades como os subsídios, as barreiras sanitárias e tributárias, que criam um verdadeiro monopólio por parte dos europeus".

Alvim disse que é necessário pensar em abrir o mercado, o que facilitaria a inserção dos produtos brasileiros no Mercosul e na Europa. "Tudo isso precisa ser resolvido em favor do crescimento e do desenvolvimento da pecuária leiteira e da produção nacional. Mais do que fazer uma adequação aos impasses que estamos sofrendo é necessário pensar em abrir mercado", observou.

Uma das questões levantadas na reunião foi a restrição que a UE faz quanto à identificação geográfica de produtos derivados do leite como os queijos parmesão, gorgonzola e mussarela. Eles rejeitam, segundo o presidente da Câmara Setorial, até mesmo a importação de produtos que mencionem a palavra "tipo", estabelecendo uma classificação genérica.

O representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vicente Nogueira Neto, classifica essas dificuldades criadas, como "uma tática de protecionismo, e é um dos temas mais controversos para se chegar a um acordo com o Mercosul".

A matéria é de Lourenço Canuto, publicada na Agência Brasil, adaptada pela Equipe MilkPoint.
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Marcello de Moura Campos Filho
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/02/2011

O Rodrigo Alvim que diz abrir o mercado facilitaria a inserção de produtos brasileiros no Mercosul e na Europa, mas considerando que a nossa pecuária leiteira é muito menos competitiva do que a dos paises europeus e a da Argentina e Uruguai, a inserção da se produtos lacteos brasileiros na Europa, Argentina e Uruguai só ocorreria se a nossa indústria for muito mais eficaz e competitiva do que a desses paises, coisa que não acredito.

Além disso a questão cambial, com o real sobrevalorizado penaliza as exportações e facilita as importações. Não se pode pretender que o produtor brasileiro possa ser tão eficaz a ponto de ter produt ividade e custos de produção tão baixo a ponto de ser menores do que os da Argentina, Uruguai e paises europeus e ainda compensar a sobrevalorização do dolar.

O Brasil tem um grande mercado interno e por décadas temos sido importadores de leite para atender esse mercado. Nos últimos 20 anos, descontado o 2 bilhões de litros equivalentes exportados no período 2004 a 2008, importamos o equivalente a 28 bilhões de litros. É preciso ser realista para na ânsia de exportar não tomemos medidas que na realidade vai agravar mais a situação do Brasil como importador de leite e lácteos.

Se queremos ser exportadores os pontos principais no meu modo de ver é preciso:

1) No curto prazo equacionar a questão cambial, eliminando ou criando cpmpensações para a sobrevalorização do real com relação ao dolar;

2) No médio prazo criar estratégias público-privadas que permitam aumentar a competitividade de nosso setor lácteo, principalmennte de nossa pecuária leiteira.

Abrir o mercado sem nenhuma perspectiva com relação a esses dois pontos pode ser uma temeridade.

Mracello de Moura Campos Filho

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