Burger King vende 32% mais no país e lucro dá salto para R$ 128 milhões

Controlado por fundos locais e investidores estrangeiros, o Burger King no Brasil é um negócio que parece viver à parte da realidade da RBI, a dona da marca de restaurantes ligada à 3G Capital.

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Controlado por fundos locais e investidores estrangeiros, o Burger King no Brasil é um negócio que parece viver à parte da realidade da RBI, a dona da marca de restaurantes ligada à 3G Capital.

A Restaurant Brands Internacional (RBI), detentora da marca Burger King no mundo e com 25 mil restaurantes em 100 países, busca acelerar o seu crescimento global vendendo mais para fora dos EUA - especialmente Ásia e Europa. Já no Brasil, o plano de ocupação geográfica do mercado pesou no desempenho. Foram abertas 102 lojas em 2018 - equivalente a duas por semana.

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Como informado na noite de quarta-feira, o lucro líquido da empresa subiu 283%, para R$ 84 milhões, de outubro a dezembro. No acumulado do ano passado, o indicador saltou de R$ 4 milhões para R$ 128 milhões.

O Burger King Corporation (BKC) tem 10,1% do capital do BK Brasil. E o BKC pertence à RBI. A Arcos Dorados, operadora do McDonald's na América Latina e concorrente direta da empresa no país, divulga seus números no dia 27 de março.

A Arcos Dorados, operadora do McDonald's na América Latina e concorrente direta da empresa no país, divulga seus números no dia 27 de março. "Esperamos que [a empresa] mantenha ganhos de participação, combinando a execução de gestão superior e um plano de crescimento sólido", escreveu ontem em relatório Luiz Guanais, analista do BTG Pactual. O banco elevou o preço-alvo do papel de R$ 21 para R$ 26 em 12 meses, mantendo a classificação de compra da ação. O papel fechou ontem a R$ 22,17, em alta de 5,57%, o maior crescimento entre as ações que compõem o índice de empresas de consumo (IBr-X).

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Para os analistas, a empresa recuperou desempenho na segunda metade do ano, depois que seus resultados do segundo trimestre receberam um forte impacto da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo.

As vendas líquidas atingiram R$ 2,34 bilhões em 2018, com alta de 32%. No quarto trimestre, o montante cresceu 37%, para R$ 718 milhões, 6% acima da projeção do BTG. Ainda houve efeitos da abertura de oito lojas da bandeira do Popeyes no Brasil e da aquisição da empresa BKS, com 51 lojas.

Com a necessidade de ocupar mais rapidamente o mercado, certos gastos cresceram. As despesas com vendas subiram 38%, para R$ 344,9 milhões no trimestre - já as despesas gerais e administrativas caíram 21%. No acumulado do ano, ambas subiram - 30,4% e 15,8%, respectivamente.

A empresa menciona que maiores gastos pré-operacionais "em virtude do maior número de restaurantes 'free standings' [ lojas de rua com presença de drive-thru] e aberturas dos primeiros restaurantes da marca Popeyes", pressionando a linha de despesas.

Ontem, em teleconferência com analistas, a empresa disse que pretende abrir 16 unidades do Popeyes em shoppings em 2019. O presidente do Burger King, Iuri Miranda, disse que a competição no setor de alimentação está mais forte no início deste ano, mas que, ao mesmo tempo, a economia "está tentando ganhar tração".

As informações são do jornal Valor Econômico.

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