O ministério está aguardando a finalização de levantamento junto ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) para conhecer o número total de propriedades atingidas. Resultado preliminar aponta que a maior parte dos afetados são pequenos produtores de hortifrúti que abastecem a região metropolitana de Belo Horizonte.
A pasta também informa que se colocou à disposição do governo de Minas Gerais e está em contato com a Secretaria Estadual de Agricultura para levantar medidas que possam garantir a irrigação com água de qualidade e a retomada da produção.
Em parceria com o Ministério da Cidadania, a Pasta agropecuária firmou um Termo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Agricultura mineira, por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), para levar um programa de fomento a 1.500 produtores ou famílias que se enquadram nas condições de pobreza ou extrema pobreza. “Pelo programa, os agricultores poderão receber parcela única R$ 2.400 a fundo perdido para pequenas obras, como reconstrução de galinheiros ou compra de equipamentos, por exemplo”, ressaltou o comunicado do Ministério da Agricultura.
No último dia 7, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) se reuniu com representantes da Vale para solicitar providências referentes às necessidades dos produtores rurais da região. “Foram apresentadas as demandas emergenciais: liberação de estradas e acessos, abastecimento de água potável para famílias e animais, e ressarcimento para a renda interrompida”, disse a Faemg em nota. Também foi solicitado o monitoramento de solo e água nas áreas atingidas e ao longo da bacia do rio Paraopeba.
De acordo com o Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), o município de Brumadinho tem 2.100 imóveis rurais, que somam uma área de 53.608 hectares. Em toda a região da bacia do Rio Paraopeba (48 municípios), o sistema indica que há 56.084 imóveis rurais, somando uma área de 2.102.666 hectares.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.