BRF firma parceira para ampliação do Clube do Produtor
Ontem (19), a BRF - Brasil Foods - firmou parceria com a Cooperideal (Cooperativa para a Inovação e Desenvolvimento da Atividade Leiteira) e com o projeto Balde Cheio da Embrapa Pecuária Sudeste de São Carlos, SP, somando forças ao seu programa de fidelização de produtores, o Clube do Produtor de Leite. Wlademir Paravisi (Diretor Geral de Negócio Batavo-Elegê) apresentou o projeto "Clube do Produtor de Leite BRF", dizendo que o mesmo visa ofertar vantagens competitivas aos produtores, focado em melhoria de qualidade e redução dos custos de produção.
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A partir da parceria, a companhia ampliará a capacitação técnica e gerencial dos pecuaristas parceiros, que fornecem matéria-prima para a industrialização de produtos com as marcas Batavo, Elegê e Cotochés. Criado em 1998, o Balde Cheio consiste na adoção de técnicas de manejo da pastagem do gado, controle zootécnico e gestão da propriedade, com o acompanhamento minucioso das receitas e despesas. O programa objetiva propiciar maior produção de leite na menor área possível e, por consequência, gerar mais lucro para o pecuarista.
A Embrapa Pecuária Sudeste fará o treinamento dos extensionistas da Cooperideal, uma cooperativa de profissionais especializados em sistemas intensivos de produção de leite, que ficará a cargo da mediação dos trabalhos no caso da Brasil Foods.
Wlademir Paravisi (Diretor Geral de Negócio Batavo-Elegê) apresentou o programa da BRF - com o qual essa parceria vem a somar forças - o projeto "Clube do Produtor de Leite BRF", dizendo que o mesmo visa ofertar vantagens competitivas aos produtores, focado em melhoria de qualidade e redução dos custos de produção. "O programa é um estímulo, tornando-se responsável pela organização e possibilitando que o produtor possa realizar um trabalho completo", completou Wlademir.
Desenvolvido a partir do Clube do Produtor Elegê, que atuava no Rio Grande do Sul, o programa foi reformulado e começou a ser estendido para o restante do país em 2008, quando a Eleva foi adquirida pela Perdigão. Para 2010, a companhia pretende contar com 1.200 parceiros participando ativamente dos benefícios do projeto, em nove estados brasileiros. Atualmente são 400 produtores associados na região Nordeste e aproximadamente 600 entre as regiões Sul e Sudeste.
A empresa oferece como vantagens: insumos com preços diferenciados; assistência técnica; acesso ao crédito rural por meio de convênios com instituições financeiros; e intermediação na aquisição de equipamentos. Luiz Stabile Benício (Diretor de Agropecuária da BRF), explicou que a empresa possui vantagens competitivas pelo volume de compra, capacidade de negociação com outras empresas - criando financiamento com empresas fornecedoras -, e se diferencia de outros programas de fidelização pelo volume que produz de ração.
Ao fidelizar os pecuaristas, a BRF busca desenvolver uma base sólida e sustentável no volume captado de leite, que suporte o crescimento da companhia no segmento. No ano de 2009 o setor de lácteos, da então Perdigão, foi responsável pelo faturamento de R$ 3,3 bilhões de reais, ou 20% do faturamento da empresa.
O gerente nacional de Originação de Leite da BRF, Daniel Carrara, disse que a empresa até o final do ano pretende anunciar outros projetos complementares ao programa. Um deles que está em fase final refere-se à melhoria na logística de captação do leite. A empresa pretende terceirizar a captação e criar um modelo inteligente para captação, no qual caminhões possuiriam rotas de acordo com o volume a ser captado e efetuariam análises diretamente na propriedade.
Referente a programas de integração vertical, como ocorre no caso de aves e suínos, Daniel respondeu: "O custo da integração é muito alto, o sistema de integração no leite imobilizaria capital".
A empresa, por três anos, tem trabalhado no desenvolvimento do produtor viabilizando a cadeia do leite de forma sustentável, econômica e com preocupação ambiental. Um dos diretores resumiu o Clube do Produtor de Leite na seguinte frase: "preço não fideliza um produtor, relacionamento sim".
Pagamento por qualidade
Durante o anúncio da parceria, os membros presentes da BRF foram questionados se haveria um programa de pagamento por qualidade. Wlademir Paravisi respondeu: "um programa de pagamento por qualidade antes de um programa de melhoria de qualidade não é factível. Esse será um dos atributos do nosso programa de fidelização". Wlademir explicou que a remuneração por qualidade dependerá de características do leite adequadas para cada planta de beneficiamento. E que o programa de pagamento por qualidade deverá vigorar a partir do segundo semestre.
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