"Este negócio está alinhado ao plano de agregar valor ao estratégico de longo prazo para o segmento de lácteos da Brasil Foods", afirma a empresa em nota.
O laticínio pertencia ao grupo Vencedor, fundado pelo empresário Rodolfo Nagai, ex-dono da rede atacadista Assai. O Vencedor tem outros cinco laticínios e fatura cerca de R$ 220 milhões por ano.
Segundo a BRF, o laticínio é direcionado para a produção de queijos, e tem capacidade para processamento de 600 mil litros de leite por dia. A unidade ainda não está totalmente em funcionamento - na verdade, ainda nem foi inaugurada. As outras linhas de produtos lácteos, além do queijo, que serão produzidas no local, não estão funcionando. A construção da unidade começou em julho de 2010 e sua inauguração deve acontecer até o fim deste ano.

Depois que a fusão entre Perdigão e Sadia - que deu origem à BRF - foi aprovada pelo Cade, em julho, a empresa tem mostrado um grande apetite para crescer. Em agosto, anunciou a construção de uma fábrica de processados no Oriente Médio, nos Emirados Árabes Unidos, sua quarta unidade no exterior, com investimentos totais da ordem de US$ 120milhões.
Pelo acordo fechado com o Cade, a BRF terá, porém, de se desfazer de vários ativos e marcas, que têm um valor total estimado em cerca de R$ 3 bilhões.
A matéria é de Lilian Cunha de O Estado de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
