Brasil Foods à espera do relatório do Cade

A BRF, fusão entre a Perdigão e Sadia, está perto de completar um ano desde o anúncio oficial, no dia 19 de maio. Até agora, pouco foi implementado, porque o processo está em análise pelo Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Os responsáveis pelo "mapa da fusão", a consultoria McKinsey, terminará o estudo no fim desse mês.

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A BRF, fusão entre a Perdigão e Sadia, está perto de completar um ano desde o anúncio oficial, no dia 19 de maio. Até agora, pouco foi implementado, porque o processo está em análise pelo Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Os responsáveis pelo "mapa da fusão", a consultoria McKinsey, terminará o estudo no fim desse mês.

Nos relatórios para investidores, a BRF estima a conclusão da fusão em junho ou julho, que é avaliado na empresa como "o limite do limite". O tempo gasto pelo governo deixa os executivos ansiosos porque retarda a redução dos custos. "Ao longo do tempo estamos vendo outras empresas aproveitando o espaço para crescer", disse Luiz Fernando Furlan, também co-presidente do conselho de administração da BRF.

Segundo especialistas, o caso Sadia - Perdigão é um dos mais complexos que já passou pelo Cade. São cerca de 60 categorias de produtos, que devem ser analisadas individualmente. As empresas já enviaram mais de 600 páginas de informação para as autoridades.

Desde o anúncio da fusão, o Cade já autorizou duas flexibilizações, permitindo às empresas unificar a compra de insumos e a venda no mercado externo. Ainda assim, isso é uma parte pequena das sinergias que a operação pode gerar, uma vez que os ganhos de sinergia foram estimados entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões.

"Se comparar com qualquer outro lugar do mundo, o prazo do processo é absolutamente normal", disse Carlos Ragazzo, conselheiro do Cade e relator do caso. O processo ainda não chegou às mãos de Ragazzo e está em análise técnica na Secretária de Acompanhamento Econômico (SAE), do Ministério da Fazenda, geralmente a fase mais demorada até a aprovação do negócio.

Se receber o sinal verde do Cade, a BRF vai elaborar até dezembro seus planos de investimento para os próximos cinco anos. As projeções iniciais apontam para um crescimento de 10% ao ano, mais voltado para o mercado internacional. A BRF já é uma das maiores exportadoras do País, e com a musculatura financeira e produtiva que ganhou, a Brasil Foods pretende se internacionalizar e conquistar mercados com suas marcas.

As informações são do jornal O Estado de São Paulo, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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