Brasil fecha acordo para importação de leite em pó da Argentina

O acordo foi assinado pelo presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, e o presidente do Centro da Indústria Leiteira Argentina, Miguel Paulón.

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Depois de meses de negociação, Brasil e Argentina fecharam nesta quarta-feira (16/11), numa reunião realizada em Punta del Este, no Uruguai, um acordo de cotas e preços para importação de leite em pó da Argentina. O acordo foi assinado pelo presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, e o presidente do Centro da Indústria Leiteira Argentina, Miguel Paulón. "Esta foi uma grande conquista do setor, pois possibilitará um fluxo de comércio equilibrado, evitando a ocorrência de surtos de importação que tanto prejudicam os produtores brasileiros", avalia Alvim.

A nova cota de importação será de 3.600 toneladas por mês de leite em pó desnatado e integral, volume inferior ao exigido inicialmente pelos argentinos de 5.000 toneladas. O preço médio de venda do produto da Argentina para o Brasil não poderá ser inferior ao mínimo praticado pela Oceania, que é uma referência de preço no mercado internacional de lácteos. Esse valor é publicado quinzenalmente pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O novo acordo de cotas e preços terá vigência de um ano e vence em outubro de 2012.

O acordo entre os dois países foi fechado em reunião paralela que ocorreu durante reunião da 20ª Assembléia Geral da Federação Panamericana de Leite (FEPALE). Além da CNA, representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL) também participaram da negociação.

O prazo de validade do acordo anterior para importação de leite da Argentina terminou em abril de 2011. Com o fim do prazo, os produtores brasileiros viviam um clima de insegurança devido ao temor de aumento expressivo do volume de importação de produto da Argentina. As indústrias argentinas produzem cerca de 20 mil toneladas de leite em pó por mês, e parte desse produto pode ser direcionado para o mercado brasileiro, prejudicando a produção nacional.

Entre maio e outubro, a Argentina exportou para o Brasil 3.756 toneladas de leite em pó por mês, volume acima da cota anterior, que era de 3.300 toneladas. O volume importado só não foi superior em função da decisão do governo brasileiro de prorrogar as cotas até que um novo acordo

As informações são da Assessoria de Comunicação CNA.
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RODRIGO ZULIN
RODRIGO ZULIN

MARABÁ PAULISTA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/05/2012

Isso é uma vergonha para o nosso BRASIL... eles querem matar nos PRODUTORES ...

DEVEMOS PROMOVER GREVE...

VERGONHA!
Edvalson de Sousa Martins
EDVALSON DE SOUSA MARTINS

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/02/2012

Essa é uma Boa!, vamos ajudar Sivaldo a encontrar este leite em pó; uma dica: na prateleira do supermercado tem bastante.
sivaldo moreira
SIVALDO MOREIRA

LIMEIRA - SÃO PAULO - TRADER

EM 13/02/2012

Procuro leite em pó para exportação.. swn.int@gmail.com
Marcelino
MARCELINO

CARAMBEÍ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/11/2011

Bom, agora basta os produtores se organizarem com seus sindicatos regionais , assim realizando uma pressão maior no governo para que haja atitudes de proteção a nossa economia nacional, pois esta faltando a logica , um lado o governo injeta recursos no produtor para que o mesmo gere mais emprego e produza alimentos e outro lado quer evitar que o produto reaja na prateleira em preços, mas só falta o governo fiscalizar mais os atacadista, pois eles que ficam com a gordura do preço do leite na gondola.
Edvalson de Sousa Martins
EDVALSON DE SOUSA MARTINS

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/11/2011

Parabens Sr. Alvim e outros, que lutaram pora conseguir esta cota de importação. Lamentamos que até hoje, só o produtor que paga a conta. Os custos de produção são muito altos, as correções dos insumos, da mão de obra cada vez mais escassa. Da responssabilidade total sobre antibiòtico no leite. O que deveria ser feito é : ao fazer a coleta do leite, fazer o exame prévio de antibiótico e não fazer o exame na chegada do leite na industria, quando todo o leite pode estar  contaminado. Já que ninguem faz nada, sugiro a indicação para aquisição ao produtor do equipamento para o teste de antibiòtico, que apesar de ser importado, vai ajudar ao produtor a evitar um prejuizo incalculavel, sendo que apenas o leite de uma vaca pode contaminar uma carga do caminhão, abraços a todos os meus colegas que produzem leite, que Deus seja louvado!
luiz antonio bernardino
LUIZ ANTONIO BERNARDINO

JAÍBA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 21/11/2011

o preco do leite importado deve ser de acordo com nosso custo de producao
raimundo sauer
RAIMUNDO SAUER

UNAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/11/2011

Bom dia, gostaria de parabenizar o empenho dos nossos representantes da CNA,,na pessoa do Sr.Rodrigo Alvim,pelo acordo conseguido.Como nos estamos inseridos no mercado mundial temos que aceitar acordos negociados, nao podemos culpar os produtores de frango pela quantidade de leite que a Argentina manda ou dexa de mandar.O importante para nos foi o acordo conseguido por nossos representantes.Cabe a nos produtores, com criatividade e profissionalismo, driblar as adversidades que sao inerentes a nossa atividade.
daltro sangali de souza
DALTRO SANGALI DE SOUZA

LAGOA VERMELHA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/11/2011

concordo com você Carolina que dize que até pra vender galinha para os Argentinos o produtor de leite tem que dar uma maozinha.  e pro produtor de leite que mantem o homem no campo com suas familhas quem que vai dar uma mãozinha?
Carolina Castello Branco Barros
CAROLINA CASTELLO BRANCO BARROS

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/11/2011

Mais uma vez o governo não nos defendeu. Acho que o preço não poderia ser mais baixo que o Brasil, tinha que ser em relação ao nosso preço. Eles lá tem incentivo, insumos com preço baixo e muito mais coisas que nós não temos. Ah, esqueci que o Brasil tem mandar frango para eles lá. E o produtor de leite só caindo !!!!
José Maria Solis
JOSÉ MARIA SOLIS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/11/2011

A CNA não informou sobre a fiscalização do leite importado, o que possibilita até a triangulação de leite inferior, por preço abaixo do mínimo da oceania.
cassio vinicios
CASSIO VINICIOS

GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/11/2011

Ja era tarde,foi um negocio sera ate quando?
Fernando Luiz Rauber
FERNANDO LUIZ RAUBER

SÃO PAULO DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 17/11/2011

Concordo com você Tiago, ao invés de incentivar a produção nacional, agregando valores compativeis com  o custo de produção, que por sinal é altissimo, aprovam cotas de entrada de produtos lacteos de outros paises sendo que o custo de produção é bem inferior ao brasileiro, fazendo com que tenha uma alta concorrencia com o produto nacional.
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/11/2011

Prezados Senhores: Como eu já havia dito, faltou, novamente, pulso ao Governo Federal para proteger, em primeiro lugar, ao produtor brasileiro, permitindo, apenas e tão somente, a importação em caso de falta do produto para abastecer o mercado interno e, não, como hoje ocorre, por ser mais barato. Por isso, a triangulação de leite de má qualidade, advindo da Europa, continuará.


Probres de nós, produtores pátrios.


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO


FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
Tiago Moraes Ferreira
TIAGO MORAES FERREIRA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/11/2011

Sempre no final quem paga a conta é o produtor. Lamentável...
Qual a sua dúvida hoje?