Brasil e Argentina seguem sem resolver o impasse pelo leite em pó

"Pedimos às autoridades argentinas intervenção no tema", disse o presidente do Centro da Indústria Leiteira da Argentina (CIL), Miguel Paulón, referindo-se aos problemas que a indústria de lácteos do país mantém para colocar leite em pó no mercado brasileiro.

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"Pedimos às autoridades argentinas intervenção no tema", disse o presidente do Centro da Indústria Leiteira da Argentina (CIL), Miguel Paulón, referindo-se aos problemas que a indústria de lácteos do país mantém para colocar leite em pó no mercado brasileiro.

"Diante da proximidade do vencimento do acordo que tínhamos vigente, que concluiu em 30 de abril passado, começamos em fevereiro a dialogar com os brasileiros, encabeçados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sem obter resposta", disse Paulón no programa Infocampo Radio. "Conseguimos nos reunir depois de abril e houve uma decisão unilateral do lado do Brasil de que, enquanto não se obtivesse um novo acordo, se prorrogaria a cota de 3.300 toneladas mensais para as exportações argentinas de todos os tipos de leite em pó".

"Todavia, segue a discussão e se mantém a decisão unilateral do Brasil de estabelecermos essa cota. Nos últimos dois anos em que esteve em vigência esse acordo, observamos que o Uruguai ganhou participação de mercado no Brasil e o Chile fez o mesmo, sendo que o único que retrocedeu foi a Argentina".

"Propusemos 5.000 toneladas mensais de cota, sempre respeitando os preços mínimos da Oceania, que é o que dizia o último acordo, e isso não foi aceito pelos brasileiros, que propuseram manter as 3.300 toneladas; fizemos, então, uma oferta de 4.000 toneladas para ver se conseguíamos fazer uma aproximação, mas não tivemos resposta até o momento e isso segue se estendendo".

Os negociadores brasileiros propuseram realizar uma nova reunião na segunda quinzena de setembro, mas a estratégia proposta pelo CIL agora mudou. "Não tendo um acordo vigente, consideramos que precisamos passar ao regime estabelecido no Mercosul pelo qual, quando se solicitam licenças (de importação), há 60 dias no máximo para seu tratamento e, depois desse período, devem ser liberadas; nós vamos agir para que caia o acordo e comece a funcionar o regime normal do Mercosul".

"É importante, antes que chegue o grande volume de leite (de oferta argentina), tratar de concertar as operações com qualquer destino e o Brasil é um dos mais importantes destinos de leite em pó argentino; assim, tudo o que dificulte as coisas nesse sentido acaba impactando nas receitas da cadeia, que se redistribuem entre produção e indústria", disse Paulón.

Para que a média mensal do ano de 2011 não supere as 3.300 toneladas, nos próximos meses os envios do produto com destino ao Brasil deveriam se reduzir de maneira significativa. Por isso, a partir do mês de agosto, as autoridades brasileiras começaram a restringir a concessão de licenças de importação de leite em pó de origem argentina.

As informações são da Infocampo, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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RONALDO CARVALHO SANTOS
RONALDO CARVALHO SANTOS

CURITIBA - PARANÁ - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 05/09/2011

Leite em pó e gordura láctea são produtos reguladores nas tomadas de decisão quando as Indústrias  organizam sua pauta de industrialização, não se entender  este mecanismo, trombaremos sempre com los Hermanos ou outros quaisquer.


Na Europa há um país que compra de seus vizinhos leite de varredura e oferta no mercado com seu aval ou mesmo do país que adquiriu, como se fosse  Leite em pó dentro dos padrões normais.


Há também a fraude com adição de sôro em  pó etc......


Eis o milagre de se ofertar "Leite em Pó" a preços baixos.  


Mais técnico e elegante será:


1-Rigoroso controle do produto importado antes de liberar


2-Exigir em qualquer ponto do país o certificado de liberação, no mercado ou Indústrias


onde o produto se encontre


3-Cumprir o Regulatório do DIPOA que prevê visita de Missão do DIPOA, nas Indústrias que exportam para o Brasil ( Com certeza há indústrias que já faz mais de dez anos que não  sãoi inspecionads pelo Brasil)


4-Na falta de profissionais disponíveis, se pode usar até os aposentados.


Me recorodo de um brilhante profissional do DIPOA, que não sei onde se encontra, o Dr. Celso Versiani Veloso  que iniciou um bom trabalho neste sentido.
Eliseu Nardino
ELISEU NARDINO

MARIPÁ - PARANÁ

EM 01/09/2011

JA TA MAIS DO QUE NA HORA DO BRASIL DESSE ACORDO SAIR DO PAPEL.
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/09/2011

Há um claro desequilibrio entre nossa taxa de câmbio e a deles; lá muito mais competitiva. Não tem sentido o nosso excepcional ganho de renda e consumo per capita para daí entregar nosso mercado aos hermanos á vontade.


A CNA precisa ficar firme em seus tradicionais propósitos de assegurar um ambiente comercial equilibrado e isento dos excessos, tanto de proteção como de desproteção, aliás como tem ocorrido sempre nos últimos anos e com grande sucesso. 
Qual a sua dúvida hoje?