Brasil e Argentina discutirão limite à venda de leite

Representantes do setor privado e dos governos realizam no próximo dia 28 de setembro, em Buenos Aires, a terceira reunião para discutir a renovação do acordo de limitação voluntária das exportações de leite argentino para o mercado brasileiro.

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Representantes do setor privado e dos governos realizam no próximo dia 28 de setembro, em Buenos Aires, a terceira reunião para discutir a renovação do acordo de limitação voluntária das exportações de leite argentino para o mercado brasileiro. O acordo firmado entre os setores privados dos dois países no ano passado, com o aval dos governos, expirou em abril deste ano. O pacto limitava as importações a 3.300 toneladas de leite em pó por mês.

Rodrigo Sant'Anna Alvim, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), diz que, sem o acordo, os argentinos neste ano exportaram em média 3.700 toneladas mensais de leite em pó para o mercado brasileiro. Segundo ele, na primeira reunião entre as partes, realizada em junho em Buenos Aires, os argentinos fizeram a proposta de pôr fim às limitações.

No segundo encontro, realizado no início do mês passado em Porto Alegre, os argentinos pediram para que a cota fosse ampliada para 5 mil toneladas por mês e os produtores brasileiros fizeram uma contraproposta de 3.700 toneladas, que não foi aceita. Rodrigo Alvim explicou que os argentinos não levam em conta as exportações de queijo para o Brasil, que passaram de 340 toneladas/mês no ano passado para 1.600 toneladas/mês neste ano. No próximo encontro ele quer incluir tanto o queijo como o soro de leite nos cálculos para estabelecer a cota de importação.

Outro impasse a ser resolvido diz respeito à recomendação feita pelo setor privado argentino para que o Brasil faça um acordo semelhante com o Uruguai para limitar as exportações de leite em pó para o mercado brasileiro. Os argentinos reclamam que, ao limitar suas vendas, perdem espaço para os uruguaios. A questão é complexa, pois o setor lácteo é um dos poucos em que o Uruguai tem competitividade para contrabalançar a deficitária balança comercial em relação ao Brasil.

A matéria é de Venilson Ferreira, da Agencia Estado, resumida e adaptada pela Equipe MilkPont.
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Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/09/2011

Prezados Senhores: A politicagem do Governo Federal com os membros do Mercosul, que foi implementada desde o governo passado, tem prejudicado ao produtor pátrio, de sorte que o comando é o de não criar quaisquer entraves aos vizinhos. Por isso, este jogo de amabilidades com países como Uruguai e Argentina, que não apresenta pulso forte contra os mesmos e permite que tais Nações imponham suas ideias ao Brasil. Isto é um absurdo à medida em que, no caso em comento, a necessidade maior é deles (exportar) e, não, nossa (importar), já que produzimos o suficiente para suprir nosso mercado (ou, pelo menos, poderíamos, se as importações fossem freadas ou, mesmo extintas). Se este "jogo de comadres" continuar, permaneceremos a ver porteiras serem fechadas, rebanhos serem liquidados e produtores abaixo da linha da pobreza, em nosso território, enquanto os dos outros povos, enriquecendo às nossas custas. Já é hora de cobrar atitude mais severa dos nossos articuladores de políticas internacionais, ao invés de só fotografias, sorrisos, jantares e reuniões inócuas.


Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO


FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
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