Bom Gosto: lucro e endividamento maiores em 2009

Ao mesmo tempo em que alcançou o segundo lugar no ranking da Leite Brasil, com 1,224 bilhão de litros captados, alta de 26,7% sobre 2008, a gaúcha Bom Gosto encerrou 2009 com lucro líquido de R$ 51,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 86,2 milhões do exercício anterior. O crescimento, acelerado pelas aquisições, também gerou aumento de 133% no endividamento financeiro líquido da companhia, para R$ 347 milhões no ano passado.

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Ao mesmo tempo em que alcançou o segundo lugar no ranking da Leite Brasil, com 1,224 bilhão de litros captados, alta de 26,7% sobre 2008, a gaúcha Bom Gosto encerrou 2009 com lucro líquido de R$ 51,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 86,2 milhões do exercício anterior. No mesmo período, as receitas mais que dobraram e, no primeiro trimestre deste ano, a empresa já vinha recebendo mais de 4 milhões de litros de leite por dia, um ritmo equivalente a quase 1,5 bilhão de litros por ano.

O crescimento, acelerado pelas aquisições da Cedrense (SC) e das unidades da Parmalat em Garanhuns (PE) e da Nestlé em Barra Mansa (RJ) em 2009, além da Líder (PR), da Santa Rita (MG) e da Coorlac (RS) em 2008, também gerou aumento de 133% no endividamento financeiro líquido da companhia, para R$ 347 milhões no ano passado.

Conforme o balanço da empresa, a relação entre a dívida financeira líquida e o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida) caiu de 5,3 vezes para 3,6 vezes de 2008 para 2009. A margem bruta da empresa gaúcha, que tem sede em Tapejara (RS) e 22 unidades industriais em oito Estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro), cresceu de 14,5% para 20,3% no ano passado.

Já o faturamento bruto da Bom Gosto avançou 108,3% em 2009 em comparação com 2008, para R$ 1,619 bilhão, enquanto a receita líquida subiu 105,2%, para R$ 1,431 bilhão. Para 2010, a empresa prevê receita bruta de R$ 2,2 bilhões e o início das exportações de leite em pó, condensado e queijos. Em novembro de 2009, ela já havia inaugurado uma unidade de produção de leite em pó em Tapejara voltada também para atender o mercado externo e, na época, Zanatta disse que a meta era chegar a uma receita bruta de R$ 3 bilhões em 2012.

Numa apresentação feita a investidores em março deste ano, a companhia informou ainda que pretende manter a política de "aquisições oportunísticas" de operações de porte médio para obter ganhos de "mercado e captação, de logística, fiscais e de avaliação". Ao mesmo tempo, prometeu permanecer atenta para uma compra "estratégica" de maior porte, bancada parte com recursos próprios e parte com financiamento.

O BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), detém um terço do capital da empresa. A apresentação confirmou também os planos para abrir o capital em 2011 ou 2012. Segundo o analista, a abertura de capital também será o caminho natural para a saída do BNDESPar do negócio. Desde agosto de 2007, quando se associou à empresa, a instituição fez aportes de pelo menos R$ 245 milhões na operação.

A matéria é de Sérgio Bueno, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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