Bom Gosto busca reduzir capacidade ociosa no país
A Laticínios Bom Gosto prepara-se para lançar um programa destinado a reduzir a ociosidade das plantas no Brasil. O chamado "Plano 300" pretende elevar a produtividade média de mais de cinco mil produtores de leite que produzem menos de 200 litros por dia para 300, num prazo de dois a três anos, disse ontem (13) o diretor-presidente da empresa, Wilson Zanatta. A Bom Gosto recebe leite de 20 mil produtores diretos (e de outros 8 mil por intermédio de cooperativas). Destes, apenas 20% fornecem 70% do total de leite captado, enquanto 16,5 mil produzem menos de 200 litros por dia.
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Segundo ele, a empresa deve ter receita bruta de R$ 2 bilhões neste ano, ante R$ 1,6 bilhão em 2009, devido à consolidação da Cedrense/SC, da unidade da Nestlé em Barra Mansa/RJ e da Parmalat em Garanhuns/PE, adquiridas em 2009. A projeção é R$ 200 milhões a menos que a estimativa inicial, devido à queda nos preços do leite e derivados, disse Zanatta. Já a captação total do ano deve crescer entre 5% a 10% sobre os 1,224 bilhão de litros de 2009.
No Uruguai, a Bom Gosto planeja construir uma fábrica com capacidade inicial de 600 mil litros por dia para produzir leite em pó para exportação. Dois anos após o início da operação, a meta é alcançar um faturamento local de R$ 200 milhões anuais e ampliar a capacidade para 1 milhão de litros/dia. Em junho, a empresa pediu ao Ministério da Economia do Uruguai, para o investimento orçado em US$ 30 milhões, isenção temporária de imposto de renda sobre a importação de equipamentos.
No Brasil, enquanto permanece "atento" a novas oportunidades de aquisições ou fusões "estratégicas", Zanatta busca preencher a capacidade atual de processamento de 6 milhões de litros de leite por dia em suas 22 plantas nos próximos três anos. Hoje a ociosidade média equivale a um terço da capacidade e boa parte da meta será perseguida com o "Plano 300", a ser deflagrado este ano.
Segundo Zanatta, o programa prevê a realização de diagnósticos das propriedades que aderirem à iniciativa e o apoio da Bom Gosto na liberação de financiamentos para investimentos em correção de solo, instalações e genética, com dois anos de carência e seis para pagamento. A operação, incluindo juros, está sendo negociada com o Sicredi, o Banrisul, o Banco do Brasil e o BNDES, que detém 33% do capital da empresa por meio da BNDESPar.
A Bom Gosto recebe leite de 20 mil produtores diretos (e de outros 8 mil por intermédio de cooperativas). Destes, apenas 20% fornecem 70% do total de leite captado enquanto 16,5 mil produzem menos de 200 litros por dia. "Para garantir o patamar mínimo de rentabilidade e a manutenção da propriedade no longo prazo são necessários 300 litros diários", explicou o diretor de política leiteira da empresa, João Carlos Barbieri.
A matéria é de Sérgio Bueno, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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GARANHUNS - PERNAMBUCO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 21/07/2010

XINGUARA - PARÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 17/07/2010
> Acredito no tempo de resposta e na funcionalidade do " Plano 300 ". Entendendo que produtores assistidos com seriedade e dedicação, no prazo estimado, a grande maioria deles terão alcançado as metas estipuladas pelo projeto.
> Com relação ao projeto no Uruguai, teremos que aguardar os desdobramentos da experiencia de uma empresa de laticinios genuinamente brasileira que tomou a decisão de expandir seus dominios alem de nossas fronteiras.
> Bons negocios !
> Fred.

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 16/07/2010
A Bom Gosto anuncia que vai implantar um programa para aumentar em 100 litros/dia a produção de 5.000 de seus fornecedores para eliminar a capacidade ociosa em suas 22 plantas, donde concluimos que a capacidade ociosa é de 500.000 litros/dia.
Por outro lado a Bom Gosto anuncia que só está aguardando a confirmação de incentivos fiscais do Governo do Uruguai para implantar uma planta para processar 600.000 litros dia, destinada à exportação.
Esperemos que a planta uruguaia da Bom Gosto não vise exportar a produção 600.000 litros dia para o Brasil, onde suas plantas estão com ociosidade de 500.000 litros dia.
Marcello de Moura Campos Filho