Banco Central defende redução de crédito subsidiado

O Banco Central defendeu ontem, em evento em Brasília, uma diminuição da política de financiamento ao agronegócio (médios e grandes produtores) com juros controlados. Essa política é baseada, desde a década de 1960, em subsídios bancados pelo Tesouro Nacional e em recursos direcionados obrigatoriamente para a agricultura, as exigibilidades.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 1 minuto de leitura

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

O Banco Central defendeu ontem, em evento em Brasília, uma diminuição da política de financiamento ao agronegócio (médios e grandes produtores) com juros controlados. Essa política é baseada, desde a década de 1960, em subsídios bancados pelo Tesouro Nacional e em recursos direcionados obrigatoriamente para a agricultura, as exigibilidades.

Continua depois da publicidade

Mesmo com a Selic em baixo patamar, a política de subsídios agrícolas passou a ser criticada com mais veemência por causa de rígido limite de gastos do governo. Nesse contexto, disse Cláudio Filgueiras Pacheco Moreira, chefe do departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural do Banco Central, o foco deve mudar dos médios e grandes produtores rurais para os pequenos, que precisam de mais apoio.

No evento promovido pelo Climate Policy Initiative e pelo Banco Central, Filgueiras destacou o avanço de fontes alternativas de crédito rural no financiamento da produção agropecuária, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e instrumentos de mercado de capitais como títulos financeiros captados no país e mesmo no exterior. Apenas para o custeio da safra agrícola, disse ele, o Brasil tem demandado atualmente cerca de R$ 280 bilhões em recursos financeiros ao ano, advindos não só do sistema bancário.

Continua depois da publicidade

"Se estamos projetando dobrar a safra [de grãos] até 2040, vamos precisar de R$ 560 bilhões em custeio. E não vamos conseguir com o modelo atual", disse Filgueiras. "Nós gostaríamos que o mercado de capitais brasileiro tivesse uma participação cada vez maior", acrescentou ele.

Francisco Erismá Oliveira, coordenador-geral de Crédito Rural do Ministério da Fazenda, lembrou, também, que o governo não tem recursos para subvencionar todas as demandas do setor rural. Assim, afirmou, cresce a importância das fontes alternativas de crédito. Nesse sentido, Rafael Baldi, diretor de crédito rural da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que as instituições financeiras vêm apostando numa agenda de menor burocracia do sistema sem abandonar o controle regulatório do governo.

As informações são do jornal Valor Econômico.

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Qual a sua dúvida hoje?